Polícia prende mais de 200 após atentado no Paquistão
As forças de segurança do Paquistão anunciaram nesta terça-feira (29/03) terem detido mais de 200 pessoas em conexão com o ataque suicida realizado neste domingo num parque público em Lahore, capital da província de Punjab, no leste do país. O atentado matou pelo menos 73 pessoas e deixou cerca de 340 feridos.
O atentado no parque Gulshan Iqbal, onde famílias comemoravam a Páscoa, foi o quinto ataque a bomba desde dezembro da organização Jamaat-ul-Ahrar, uma facção do Talibã. E reflete as tentativas do grupo de aumentar a sua importância entre os divididos extremistas islâmicos do Paquistão.
De acordo com o secretário da Justiça da província de Punjab, Rana Sanaullah, 216 pessoas foram "detidas para interrogatórios adicionais", enquanto o restante foi liberado. "Um total de mais de 5 mil pessoas foram procuradas e interrogadas", anunciou o governo local.
Sanaullah disse que as operações de busca foram executadas em cooperação entre polícia, agentes antiterrorismo e de inteligência e confirmou que o Exército e forças paramilitares atuarão em futuras ações do gênero.
O grupo talibã paquistanês Jamaat-ul-Ahrar assumiu o atentado e disse que o alvo foi a minoria cristã do Paquistão, país majoritariamente muçulmano. Os cristãos representam menos de 1,6% da população local.
No entanto, a maioria das vítimas era muçulmana. Segundo as autoridades de Lahore, entre 10 e 15 mortos eram cristãos.
MD/rtr/afp
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