Itália realiza funeral de Estado para vítimas de terremoto
Três dias após o terremoto que devastou cidades no centro da Itália, um funeral de Estado foi realizado neste sábado (27/08) na cidade de Ascoli Piceno em homenagem aos 290 mortos na tragédia. Estiveram presentes o presidente italiano, Sergio Mattarella, e o primeiro-ministro Matteo Renzi.
A cerimônia foi conduzida pelo bispo Giovanni D'Ercole num ginásio poliesportivo da região, onde foram colocados 35 caixões adornados com flores. Além de políticos, familiares de vítimas, cidadãos e pessoas que participam dos trabalhos de resgate também compareceram.
Durante o funeral, D'Ercole pediu união e disse aos presentes que "não tenham medo de expressar sua dor, mas que não percam a coragem". "Apenas juntos seremos capazes de reconstruir nossas casas e igrejas. Apesar de tudo, juntos, podemos devolver a vida às nossas comunidades", afirmou o bispo.
Mais cedo neste sábado, Mattarella visitou as cidades devastadas de Amatrice e Accumoli. "Obrigado por tudo que estão fazendo", disse o presidente aos profissionais de resgate que trabalham na região.
O governo declarou dia de luto no país, e as bandeiras da Itália foram hasteadas a meio mastro. Ainda neste sábado, as autoridades divulgaram que o número de mortos por conta do terremoto subiu para 290, sendo 230 apenas em Amatrice - a cidade mais afetada pelo tremor da última quarta-feira.
O prefeito de Amatrice, Sergio Pirozzi, afirmou nesta sexta-feira que a cidade não tem mais salvação - o que sobrou dela terá que ser demolido por completo, para ser reconstruído.
Ele anunciou ainda que estão sendo procuradas regiões em outras localidades para a construção de casas de madeiras para que, assim, os habitantes de Amatrice possam começar a refazer suas vidas. De acordo o prefeito, a medida visa evitar que guetos se formem ao redor do município em ruínas.
Desde o forte terremoto, que foi de magnitude 6,2, mais de 1.300 réplicas já foram registradas, sendo a maior delas de magnitude 4,2. Nenhum dano adicional foi relatado. Além das centenas de mortes, o tremor de quarta-feira deixou milhares de feridos e desabrigados no centro do país.
EK/efe/dpa/rtr
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