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Trump nomeia primeiras mulheres para gabinete

23/11/2016 22h28

Nikki Haley, governadora da Carolina do Sul, é escolhida para ser embaixadora na ONU, e bilionária Betsy DeVos deve ocupar cargo de secretária de Educação. Republicanas, ambas manifestaram oposição ao magnata no passado.O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou nesta quarta-feira (23/11) as duas primeiras mulheres a integrar seu gabinete, numa tentativa de trazer diversidade à equipe com a qual vai governar a partir de 2017. A nomeação de ambas ainda precisa ser aprovada pelo Senado.Nikki Haley, atual governadora da Carolina do Sul, foi escolhida por Trump para o cargo de embaixadora nas Nações Unidas, e a bilionária Betsy DeVos, para o de secretária de Educação."A governadora Haley tem um histórico comprovado de aproximar pessoas independentemente de sua origem ou partido político, a fim de avançar políticas importantes para a melhoria de seu estado e de nosso país", afirma Trump em nota. "Ela será uma ótima líder nos representando mundialmente."A governadora disse estar "honrada" pela proposta de Trump, mas afirmou que permanecerá em seu cargo atual até que a decisão do gabinete seja aprovada pelo Senado. Em comunicado, a republicana declarou que foi movida a aceitar a nomeação pelo que chamou de "senso de dever".Haley, de 44 anos, é filha de um casal de imigrantes indianos e se tornou a primeira governadora da Carolina do Sul em 2011. Se for aprovada para o posto, será a terceira mulher consecutiva a representar os Estados Unidos na ONU, após Susan Rice e Samantha Power, atual ocupante do cargo. Ela, no entanto, difere de suas antecessoras pela falta de experiência anterior com política externa.Em outro comunicado, Trump anunciou a nomeação de DeVos para a Secretaria de Educação classificando-a como "uma brilhante e apaixonada defensora" do tema. "Sob a liderança dela, vamos reformar o sistema de educação dos Estados Unidos e acabar com a burocracia que impede o acesso de nossos filhos a uma educação de classe mundial", destacou o futuro presidente.DeVos também aceitou a indicação ao posto, destacando que "a atual situação da educação é inaceitável". "Juntos podemos trabalhar em prol de uma mudança transformadora que garanta que todos os estudantes tenham a oportunidade de alcançar todo o seu potencial", disse ela em nota.A bilionária de 58 anos foi presidente do Partido Republicano no Michigan e atualmente preside a organização American Federation for Children, que propõe que os pais possam recorrer a fundos públicos para escolher a escola que seus filhos vão frequentar, seja particular ou religiosa. É também opositora declarada dos sindicatos de professores, chegando a chamá-los de "inimigos".Opositoras de TrumpTanto Haley quanto DeVos já manifestaram oposição ao empresário no passado. Em março deste ano, em entrevista à revista The Washington Examiner, a futura secretária de Educação chegou a classificar Trump como um "intruso" que "não representa o Partido Republicano".Haley também fez duras críticas à campanha eleitoral do magnata, por ele ter chamado, por exemplo, os imigrantes mexicanos de estupradores e ameaçado proibir a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos, além de ter sido acusado de assédio sexual por uma série de mulheres.Em março, Trump rebateu a colega de partido no Twitter, escrevendo que "o povo da Carolina do Sul está envergonhado por Nikki Haley". Haley, no entanto, acabou votando no empresário na eleição de 8 de novembro e teve um encontro com ele na Trump Tower, em Nova York, após a vitória.EK/efe/lusa/ap/afp/ots