Renan defende Temer e diz que votações estão mantidas
Presidente do Senado diz que acusações de Calero sobre caso Geddel são "falsas polêmicas" e não afetam o presidente Michel Temer. Se for necessário, recesso parlamentar será cancelado para garantir votações, acrescenta.O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), emitiu uma nota nesta sexta-feira (25/11) em defesa do presidente Michel Temer, afirmando que as alegações do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, não afetam o líder peemedebista e não passam de "falsas polêmicas".Na manhã desta sexta-feira, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, enviou sua carta de renúncia a Temer, em meio ao agravamento de uma crise política no governo, que teve início com o pedido de demissão de Calero na sexta-feira passada.Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o ex-ministro disse que o principal motivo de sua saída foi a pressão que sofreu de Geddel para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) concedesse licença para a construção de um edifício de luxo em Salvador no qual Geddel comprou um imóvel. A obra foi embargada pelo órgão por ser incompatível com a região.Já em depoimento à Polícia Federal no sábado passado, Calero afirmou que o próprio presidente Temer o "enquadrou" para que encontrasse uma saída para o problema de Geddel. O chefe de Estado confirma que conversou com o então ministro sobre o assunto, mas nega tê-lo pressionado.Em nota divulgada à imprensa, Renan reiterou o apoio ao presidente e destacou que, apesar da atual crise política que se abateu sobre o Palácio do Planalto, os parlamentares precisam concentrar seus esforços nas pautas de reformas que serão votadas no Congresso nos próximos dias."As alegações do ex-ministro da Cultura não afetam o presidente Michel Temer, que reúne todas as condições para levar adiante o processo de transição. As mexidas ministeriais tampouco afetarão o calendário de votações do Senado", diz o comunicado da presidência da Casa.Renan ressaltou que, se for preciso, cancelará o recesso legislativo a fim de garantir as votações. "Se necessário, o recesso parlamentar de fim de ano será cancelado para viabilizar essa agenda de desenvolvimento no país que integre os Três Poderes da República", sublinhou o peemedebista.EK/abr/ots
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