Topo

Ataque do Talibã mata dezenas de soldados afegãos

21/04/2017 18h19

Pelo menos 50 soldados morreram e cerca de 70 ficaram feridos num ataque a uma base do exército no norte do Afeganistão. Insurgentes extremistas entram em quartel dentro de veículos militares.Um ataque a uma base do exército no norte do Afeganistão deixou pelo menos 50 soldados militares mortos e cerca de 70 feridos nesta sexta-feira (21/04). A ofensiva do Talibã ocorreu durante o momento das orações."O número de [soldados] mortos é superior a 50 e o de feridos até agora é de 73", disse um comandante do exército afegão, que pediu anonimato e acrescentou que o total de insurgentes mortos chega a dez.Zabihullah Kakar, membro do Conselho da província de Balkh, onde aconteceu o ataque, confirmou à agência de notícias Efe que pelo menos "66 integrantes do exército morreram e 73 ficaram feridos".O Ministério da Defesa afegão, no entanto, não revelou números sobre o total de vítimas. Um porta-voz do ministério Dawlat Waziri disse que o número de mortos e feridos será anunciado após a conclusão das investigações. O ataque, que durou cerca de seis horas, começou pouco depois do meio-dia, quando os soldados saíam da mesquita após as orações de sexta-feira, no quartel situado no distrito de Dehdadi, explicou Waziri.Um porta-voz das forças especiais do exército afegão encarregadas de neutralizar os agressores, Javid Salim, disse que os talibãs aproveitaram o momento das orações de sexta-feira para iniciarem sua ofensiva. Os insurgentes estavam vestidos com uniformes militares e conseguiram entrar no quartel dentro de vários veículos do exército.Os insurgentes "foram descobertos na entrada, no segundo posto de controle, onde o primeiro dos agressores se sacrificou", enquanto os outros iniciaram uma troca de tiros com as forças de segurança, relatou Abdul Qahar Aram, porta-voz do exército.A escala de violência no país começou com a retirada das tropas estrangeiras, no final de 2014. Com a diminuição da presença militar, o Talibã intensificou os ataques contra forças do governo afegão.CN/efe/lusa/rtr