Morre o ex-chanceler Helmut Kohl, arquiteto da reunificação alemã
Morreu nesta sexta-feira (16/06), aos 87 anos, o ex-chanceler alemão Helmut Kohl. Ele governou a Alemanha ao longo de 16 anos, mais do que qualquer outro chanceler federal. A queda do Muro de Berlim e a Reunificação são os pontos altos de sua carreira política.
A informação foi inicialmente dada pelo tabloide Bild, e mais tarde confirmada, no Twitter, por seu partido, a União Democrata Cristã (CDU). Kohl estava há anos com a saúde debilitada e morreu em sua casa na cidade de Ludwigshafen, no oeste alemão. Desde 2008, estava em cadeira de rodas.
A União Social-Cristã (CSU), a ramificação bávaro irmão da CDU de Angela Merkel, também se expressou pelo Twitter: "Estamos de luto pelo ex-chanceler Helmut Kohl. Kohl era um grande estadista, as suas conquistas para o nosso país são incalculáveis."
O ex-chanceler encontrava-se desde 2008 afastado da atividade pública e dependente de uma cadeira de rodas para se locomover, após cair de uma escada e sofrer um traumatismo cranioencefálico.
Kohl saltou à política nacional em 1976, quando se tornou chefe da oposição, e chegou à chancelaria federal em 1982, após ganhar uma moção de censura contra o então chefe de governo, o social-democrata Helmut Schmidt.
Um ano depois, foi ratificado pelas urnas no posto de chanceler e se manteve no cargo até 1998, quando foi derrotado pelo social-democrata Gerhard Schröder, que se aliou com o Partido Verde pela primeira vez para recuperar o governo da Alemanha.
Mais longevo chanceler alemão do pós-guerra, Kohl foi um dos principais patrocinadores da introdução do euro, convencendo os alemães mais céticos a abrirem mão do marco, a moeda de então.
Foi também uma figura imponente que, em aliança com o ex-presidente francês François Mitterrand, pressionou por uma maior integração europeia – para muitos até hoje o maior tratado de paz da história do continente.
Na Alemanha, Kohl é celebrado, acima de tudo, como o pai da Reunificação, algo que ele conseguiu após a queda do Muro de Berlim, em 1989, e apesar da resistência de outras grandes figuras europeias, como a então primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher.
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