Robinho é condenado à prisão por violência sexual na Itália
Justiça italiana sentencia atacante brasileiro a nove anos de prisão por envolvimento em estupro coletivo contra jovem albanesa em 2013 em Milão. Pena não será aplicada até processo ser concluído. Jogador nega acusações.A Justiça da Itália condenou nesta quinta-feira (23/11) o jogador de futebol Robinho a nove anos de prisão, por envolvimento num caso de violência sexual ocorrido em Milão em janeiro de 2013, durante sua passagem pelo clube italiano Milan. O atacante nega as acusações.
Segundo a sentença, proferida pela juíza Mariolina Panasiti, da nona seção penal do Tribunal de Milão, o brasileiro participou, junto com outras cinco pessoas, de um estupro coletivo contra uma jovem albanesa dentro de uma boate na capital da Lombardia. Ela tinha 22 anos na época.
O Ministério Público italiano havia pedido, inicialmente, que Robinho fosse condenado a dez anos de prisão, mas a magistrada, que julgou o caso em primeira instância, reduziu para nove. A vítima ainda deve ser indenizada em 60 mil euros (cerca de 230 mil reais).
Segundo a imprensa italiana, um amigo do atacante também acabou sentenciado em nove anos. O processo contra outros quatro envolvidos está em espera, porque eles não foram identificados.
Em seu depoimento durante o julgamento em Milão, a jovem afirmou que conhecia o jogador e alguns amigos dele, e que esteve na noite de 22 de janeiro de 2013 com o grupo e mais duas amigas na casa noturna Sio Café, no norte da cidade italiana.
Depois que as amigas foram embora, o brasileiro e os amigos dele, segundo a vítima, deram a ela uma bebida que a deixou inconsciente, sem poder oferecer resistência à violência sexual.
Na sentença, a juíza afirma que os envolvidos "abusaram das condições de inferioridade psíquica e física da pessoa agredida, que havia ingerido substâncias alcoólicas, com meios insidiosos e fraudulentos, de forma que bebeu até ficar inconsciente e sem condições de se defender".
Robinho não esteve presente pessoalmente no julgamento, mas se declarou inocente das acusações por meio de seu advogado. Segundo a imprensa local, o veredito foi posto em espera até que todo o processo seja concluído, incluindo eventuais recursos. Até lá, a sentença não será aplicada.
Após a decisão, o jogador divulgou uma nota de esclarecimento em suas redes sociais. "Sobre a notícia envolvendo o atacante Robinho, em um fato ocorrido há alguns anos, esclarecemos que ele já se defendeu das acusações, afirmando não ter qualquer participação no episódio", diz o texto.
O comunicado afirma ainda que "todas as providências legais já estão sendo tomadas acerca desta decisão em primeira instância". O Atlético Mineiro, clube em que o atacante joga atualmente, declarou que não vai se posicionar sobre o assunto.
Robinho deixou o Milan em 2015, após cinco anos. Quando a imprensa italiana divulgou que o caso de violência sexual estava sendo investigado, ele já estava de volta ao Brasil, defendendo o Santos. Mais tarde, jogou na China, antes de chegar ao Atlético Mineiro, em fevereiro de 2016.
Em 2009, o jogador sofreu uma acusação semelhante no Reino Unido, quando defendia o Manchester City. O caso, um crime sexual que teria ocorrido em uma boate na cidade de Leeds, não deu em nada, mas chegou a levar, na época, à prisão de Robinho, que foi liberado após pagar fiança.
EK/ap/dpa/efe/rtr/ots
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Segundo a sentença, proferida pela juíza Mariolina Panasiti, da nona seção penal do Tribunal de Milão, o brasileiro participou, junto com outras cinco pessoas, de um estupro coletivo contra uma jovem albanesa dentro de uma boate na capital da Lombardia. Ela tinha 22 anos na época.
O Ministério Público italiano havia pedido, inicialmente, que Robinho fosse condenado a dez anos de prisão, mas a magistrada, que julgou o caso em primeira instância, reduziu para nove. A vítima ainda deve ser indenizada em 60 mil euros (cerca de 230 mil reais).
Segundo a imprensa italiana, um amigo do atacante também acabou sentenciado em nove anos. O processo contra outros quatro envolvidos está em espera, porque eles não foram identificados.
Em seu depoimento durante o julgamento em Milão, a jovem afirmou que conhecia o jogador e alguns amigos dele, e que esteve na noite de 22 de janeiro de 2013 com o grupo e mais duas amigas na casa noturna Sio Café, no norte da cidade italiana.
Depois que as amigas foram embora, o brasileiro e os amigos dele, segundo a vítima, deram a ela uma bebida que a deixou inconsciente, sem poder oferecer resistência à violência sexual.
Na sentença, a juíza afirma que os envolvidos "abusaram das condições de inferioridade psíquica e física da pessoa agredida, que havia ingerido substâncias alcoólicas, com meios insidiosos e fraudulentos, de forma que bebeu até ficar inconsciente e sem condições de se defender".
Robinho não esteve presente pessoalmente no julgamento, mas se declarou inocente das acusações por meio de seu advogado. Segundo a imprensa local, o veredito foi posto em espera até que todo o processo seja concluído, incluindo eventuais recursos. Até lá, a sentença não será aplicada.
Após a decisão, o jogador divulgou uma nota de esclarecimento em suas redes sociais. "Sobre a notícia envolvendo o atacante Robinho, em um fato ocorrido há alguns anos, esclarecemos que ele já se defendeu das acusações, afirmando não ter qualquer participação no episódio", diz o texto.
O comunicado afirma ainda que "todas as providências legais já estão sendo tomadas acerca desta decisão em primeira instância". O Atlético Mineiro, clube em que o atacante joga atualmente, declarou que não vai se posicionar sobre o assunto.
Robinho deixou o Milan em 2015, após cinco anos. Quando a imprensa italiana divulgou que o caso de violência sexual estava sendo investigado, ele já estava de volta ao Brasil, defendendo o Santos. Mais tarde, jogou na China, antes de chegar ao Atlético Mineiro, em fevereiro de 2016.
Em 2009, o jogador sofreu uma acusação semelhante no Reino Unido, quando defendia o Manchester City. O caso, um crime sexual que teria ocorrido em uma boate na cidade de Leeds, não deu em nada, mas chegou a levar, na época, à prisão de Robinho, que foi liberado após pagar fiança.
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