Papa diz que "fake news" espalham arrogância e ódio
Pontífice afirma que notícias falsas têm raiz na sede de poder e podem ter efeitos perigosos. Em mensagem, Francisco defende que a verdadeira notícia é o melhor antídoto contra desinformação.O papa Francisco alertou nesta quarta-feira (24/01) contra notícias falsas, as chamadas fake news, afirmando que elas estão ligadas à sede de poder e podem incitar ao ódio e fomentar conflitos.
"As notícias falsas são um sinal de intolerância e de atitudes hipersensíveis e levam apenas à propagação da arrogância e do ódio. Esse é o resultado da mentira", destacou o papa, numa mensagem divulgada pela Santa Sé por ocasião da comemoração, no próximo dia 13 de maio, da jornada mundial das comunicações sociais.
"As 'fake news' se transformam frequentemente em virais, ou seja, são divulgadas de modo veloz e dificilmente manejável, não por causa da lógica de compartilhar que caracteriza as redes sociais, mas mais pela cobiça insaciável que se acende facilmente no ser humano", avaliou o pontífice.
O papa acrescentou que a sede de poder impulsiona a desinformação, que, segundo ele, nunca é inofensiva. Francisco destacou que a distorção da verdade pode ter efeitos perigosos.
"O drama da desinformação é desacreditar do outro, apresentá-lo como inimigo, até chegar à demonização que favorece os conflitos", ressaltou.
Na mensagem, o papa manifestou a importância de educar para a verdade, o que possibilitaria às pessoas discernir, avaliar e ponderar desejos e inclinações.
Além disso, o pontífice elogiou aqueles que, a nível institucional e jurídico, estão "encaminhados a concretizar normas que se oponham a este fenômeno". Ele também se referiu aos que "iniciaram as companhias tecnológicas e de meios de comunicação, dirigidas a definir novos critérios para a verificação das identidades pessoais que se escondem por trás de milhões de perfis digitais".
Papel do jornalismo
O papa defendeu que a verdadeira notícia é o melhor antídoto contra as falsidades. "Se a via de saída da difusão da desinformação é a responsabilidade, particularmente envolvido está quem, por profissão, é obrigado a ser responsável ao informar, ou seja, o jornalista, guardião das notícias", acrescentou.
Aos jornalistas, o pontífice envia a mensagem de que no mundo atual estes desempenham não apenas uma profissão, mas uma missão e tem o compromisso de evitar a expansão da desinformação.
O pontífice lembrou ainda que "no centro da notícia não está a velocidade em publicá-la e o impacto sobre as taxas de audiência, mas as pessoas". O papa pediu um "jornalismo de paz", "sem fingimentos e hostil às falsidades".
O papa afirmou ser um defensor de um jornalismo feito por pessoas para as pessoas e considerado como serviço a todos, especialmente àqueles que não têm voz, e que se comprometa na busca das causas reais dos conflitos.
CN/efe/lusa/afp
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"As notícias falsas são um sinal de intolerância e de atitudes hipersensíveis e levam apenas à propagação da arrogância e do ódio. Esse é o resultado da mentira", destacou o papa, numa mensagem divulgada pela Santa Sé por ocasião da comemoração, no próximo dia 13 de maio, da jornada mundial das comunicações sociais.
"As 'fake news' se transformam frequentemente em virais, ou seja, são divulgadas de modo veloz e dificilmente manejável, não por causa da lógica de compartilhar que caracteriza as redes sociais, mas mais pela cobiça insaciável que se acende facilmente no ser humano", avaliou o pontífice.
O papa acrescentou que a sede de poder impulsiona a desinformação, que, segundo ele, nunca é inofensiva. Francisco destacou que a distorção da verdade pode ter efeitos perigosos.
"O drama da desinformação é desacreditar do outro, apresentá-lo como inimigo, até chegar à demonização que favorece os conflitos", ressaltou.
Na mensagem, o papa manifestou a importância de educar para a verdade, o que possibilitaria às pessoas discernir, avaliar e ponderar desejos e inclinações.
Além disso, o pontífice elogiou aqueles que, a nível institucional e jurídico, estão "encaminhados a concretizar normas que se oponham a este fenômeno". Ele também se referiu aos que "iniciaram as companhias tecnológicas e de meios de comunicação, dirigidas a definir novos critérios para a verificação das identidades pessoais que se escondem por trás de milhões de perfis digitais".
Papel do jornalismo
O papa defendeu que a verdadeira notícia é o melhor antídoto contra as falsidades. "Se a via de saída da difusão da desinformação é a responsabilidade, particularmente envolvido está quem, por profissão, é obrigado a ser responsável ao informar, ou seja, o jornalista, guardião das notícias", acrescentou.
Aos jornalistas, o pontífice envia a mensagem de que no mundo atual estes desempenham não apenas uma profissão, mas uma missão e tem o compromisso de evitar a expansão da desinformação.
O pontífice lembrou ainda que "no centro da notícia não está a velocidade em publicá-la e o impacto sobre as taxas de audiência, mas as pessoas". O papa pediu um "jornalismo de paz", "sem fingimentos e hostil às falsidades".
O papa afirmou ser um defensor de um jornalismo feito por pessoas para as pessoas e considerado como serviço a todos, especialmente àqueles que não têm voz, e que se comprometa na busca das causas reais dos conflitos.
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