Polônia quer mudar nome de campo de concentração
Governo do país quer rebatizar memorial para ressaltar a responsabilidade alemã pelo antigo campo nazista de extermínio. Nova Lei do Holocausto criminaliza uso do termo "campo de concentração polonês".O governo polonês quer mudar o nome do memorial do antigo campo de concentração nazista de Majdanek, para ressaltar a responsabilidade alemã pelo local de extermínio nazista.
Segundo um plano do vice-ministro polonês da Cultura, Jaroslaw Sellin, a instituição deve ser rebatizada como "Museu Estatal em Majdanek. Memorial no antigo campo de concentração e de extermínio alemão (1941-1944)", segundo reportagem desta terça-feira (20/03) do jornal polonês Gazeta Wyborcza.
O chefe administrativo da região de Lublin, no leste da Polônia, Przemyslaw Czarnek, teria feito a solicitação para mudança de nome. Czarnek também sugeriu que o nome do Memorial de Auschwitz seja modificado, para enfatizar a responsabilidade alemã.
Na Polônia, a chamada Lei do Holocaustoestá em vigor desde o início de março. A controversa legislação prevê punição com multas e até três anos de prisão para quem atribuir à nação polonesa ou ao seu povo corresponsabilidade por crimes do Terceiro Reich.
Um dos motivos para a criação da nova lei é a crítica ao uso de expressões como "campo de concentração polonês", as quais, na interpretação do governo em Varsóvia, contêm implícita uma acusação de corresponsabilidade polonesa pelos crimes nazistas.
O conselho do museu de Majdanek, criado em 1947, até agora tem se manifestado contra a mudança de nome. Pesquisas estimam que, de um total de 150 mil pessoas que foram deportadas para o campo de concentração entre 1941 e 1944, cerca de 80 mil morreram, incluindo cerca de 60 mil judeus.
MD/epd/ots
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Segundo um plano do vice-ministro polonês da Cultura, Jaroslaw Sellin, a instituição deve ser rebatizada como "Museu Estatal em Majdanek. Memorial no antigo campo de concentração e de extermínio alemão (1941-1944)", segundo reportagem desta terça-feira (20/03) do jornal polonês Gazeta Wyborcza.
O chefe administrativo da região de Lublin, no leste da Polônia, Przemyslaw Czarnek, teria feito a solicitação para mudança de nome. Czarnek também sugeriu que o nome do Memorial de Auschwitz seja modificado, para enfatizar a responsabilidade alemã.
Na Polônia, a chamada Lei do Holocaustoestá em vigor desde o início de março. A controversa legislação prevê punição com multas e até três anos de prisão para quem atribuir à nação polonesa ou ao seu povo corresponsabilidade por crimes do Terceiro Reich.
Um dos motivos para a criação da nova lei é a crítica ao uso de expressões como "campo de concentração polonês", as quais, na interpretação do governo em Varsóvia, contêm implícita uma acusação de corresponsabilidade polonesa pelos crimes nazistas.
O conselho do museu de Majdanek, criado em 1947, até agora tem se manifestado contra a mudança de nome. Pesquisas estimam que, de um total de 150 mil pessoas que foram deportadas para o campo de concentração entre 1941 e 1944, cerca de 80 mil morreram, incluindo cerca de 60 mil judeus.
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