EUA suspendem tarifas sobre aço e alumínio para o Brasil, diz Temer
Segundo presidente, país fica livre de pagar sobretaxas enquanto negocia isenção com governo americano. Representante dos EUA afirma que conversas com o Brasil devem começar em breve.O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira (21/03) que os Estados Unidos suspenderam as tarifas à importação de aço e alumínio para o Brasil enquanto os dois países estiverem negociando uma possível isenção da sobretaxa.
"O Brasil é um dos países com quem [os EUA] começarão as negociações visando a eventual exceção às tarifas sobre importação de aço e alumínio. As novas tarifas, diz mensagem da Casa Branca, não se aplicarão enquanto estivermos conversando sobre o tema. Uma boa notícia", disse Temer, durante uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Leia também: "Brasil terá dificuldade em achar outro mercado para o aço"
O representante de Comércio Exterior dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, afirmou que o país deve inciar em breve negociações com o Brasil sobre possíveis isenções às tarifas sobre as importações de aço e alumínio, que deveriam entrar em vigor nesta sexta-feira. Ele também citou conversas com União Europeia, Argentina e Austrália.
"Nossa esperança é resolver isso até abril", disse o representante, referindo-se às negociações em curso.
O presidente americano, Donald Trump, assinou no início de março a imposição das taxas. Por enquanto, México e Canadá estão isentos por serem parceiros dos EUA no Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), que está sendo renegociado.
Apesar de o próprio Trump já ter sugerido que a Austrália recebesse isenção, as declarações de Lighthizer são as primeiras de um membro do governo que confirmam negociações para ampliar a lista.
Sobretaxas
No início de março, Trump anunciou tarifas de 25% nas importações de aço e 10% nas de alumínio, materiais que são essenciais para os setores de construção e manufatura. O presidente argumentou que as taxas protegem os produtores americanos e devem fomentar a criação de postos de trabalho.
A decisão americana foi rechaçada pela comunidade internacional. Após o anúncio da taxação, vários países disseram que não ficariam de braços cruzados e que estabeleceriam tarifas e barreiras comerciais a produtos dos EUA.
Ao todo, 32% do aço exportado pela indústria brasileira têm como destino os Estados Unidos. Com isso, o país figura como o segundo maior exportador para o mercado americano, com 4,7 milhões de toneladas embarcadas em 2017. Só perde para o Canadá, que exportou 5,8 milhões de toneladas ano passado.
O Brasil pede a isenção da alíquota alegando que o aço exportado é semiacabado e transformada posteriormente em siderúrgicas dos EUA.
CN/abr/efe/ots
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App
"O Brasil é um dos países com quem [os EUA] começarão as negociações visando a eventual exceção às tarifas sobre importação de aço e alumínio. As novas tarifas, diz mensagem da Casa Branca, não se aplicarão enquanto estivermos conversando sobre o tema. Uma boa notícia", disse Temer, durante uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES).
Leia também: "Brasil terá dificuldade em achar outro mercado para o aço"
O representante de Comércio Exterior dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, afirmou que o país deve inciar em breve negociações com o Brasil sobre possíveis isenções às tarifas sobre as importações de aço e alumínio, que deveriam entrar em vigor nesta sexta-feira. Ele também citou conversas com União Europeia, Argentina e Austrália.
"Nossa esperança é resolver isso até abril", disse o representante, referindo-se às negociações em curso.
O presidente americano, Donald Trump, assinou no início de março a imposição das taxas. Por enquanto, México e Canadá estão isentos por serem parceiros dos EUA no Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), que está sendo renegociado.
Apesar de o próprio Trump já ter sugerido que a Austrália recebesse isenção, as declarações de Lighthizer são as primeiras de um membro do governo que confirmam negociações para ampliar a lista.
Sobretaxas
No início de março, Trump anunciou tarifas de 25% nas importações de aço e 10% nas de alumínio, materiais que são essenciais para os setores de construção e manufatura. O presidente argumentou que as taxas protegem os produtores americanos e devem fomentar a criação de postos de trabalho.
A decisão americana foi rechaçada pela comunidade internacional. Após o anúncio da taxação, vários países disseram que não ficariam de braços cruzados e que estabeleceriam tarifas e barreiras comerciais a produtos dos EUA.
Ao todo, 32% do aço exportado pela indústria brasileira têm como destino os Estados Unidos. Com isso, o país figura como o segundo maior exportador para o mercado americano, com 4,7 milhões de toneladas embarcadas em 2017. Só perde para o Canadá, que exportou 5,8 milhões de toneladas ano passado.
O Brasil pede a isenção da alíquota alegando que o aço exportado é semiacabado e transformada posteriormente em siderúrgicas dos EUA.
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