Áustria reforça controle em fronteiras com Alemanha e Itália
Fiscalização durará cinco dias e, segundo autoridades, não tem relação com questão migratória. Objetivo seria garantir a segurança durante cúpula de ministros europeus em Innsbruck.A Áustria iniciou controles em diversos pontos das fronteiras com a Alemanha e a Itália nesta segunda-feira (09/07), devido à cúpula dos ministros europeus do Interior prevista para acontecer nestas quinta e sexta-feira em Innsbruck. Os controles no oeste do país deverão durar cinco dias.
Segundo as autoridades, a fiscalização não tem relação com as recentes ameaças do governo em Viena de fechar a fronteira sul da Áustria para impedir a entrada de imigrantes. A medida foi planejada em coordenação com a União Europeia (UE) e tem como objetivo garantir a segurança da cúpula de ministros.
Os postos de controle incluem a passagem da montanha Brenner, entre a Itália e a Áustria, conhecida como a rota de transporte e de turismo mais movimentada dos Alpes. No local, as autoridades estão preparadas para fechar trechos da rota. Se necessário, uma cerca de 400 metros de comprimento poderá ser montada para reforçar os controles.
Também estão sendo controladas as fronteiras alemãs para o Tirol em geral. A entrada para a Áustria a partir da Alemanha por Salzburg ou Passau é possível sem controles.
Mesmo acontecendo na alta temporada do verão europeu, período de férias para muitos cidadãos do bloco, a monitoração não causou engarrafamentos consideráveis no primeiro dia das operações. Motoristas são obrigados a reduzir a velocidade a 30 km/h, segundo a polícia.
"As obstruções são muito limitadas", afirmou Markus Widmann, chefe do departamento de trânsito do estado austríaco do Tirol.
Entre 17 e 21 de setembro, a Áustria também deverá realizar controles nas fronteiras devido à cúpula de chefes de Estado e de governo da UE em Salzburg, marcada para o dia 20 daquele mês.
A fiscalização ocorre em meio a uma situação política tensa: o controle de fronteiras é tema recorrente na Áustria e também na Alemanha. Se as autoridades alemãs ampliarem a rejeição de imigrantes na fronteira com a Áustria, o governo em Viena ameaçou adotar medidas na fronteira sul do país, incluindo a montanha Brenner.
Nas próximas semanas, Alemanha e Áustria querem negociar, juntamente com a Itália, medidas para o fechamento da rota central do Mediterrâneo usada por refugiados para chegar da Itália à Alemanha.
Na semana passada, o chanceler federal austríaco, Sebastian Kurz, afirmou que o seu país estaria disposto a adotar controles em suas fronteiras com a Itália e a Eslovênia, ao mesmo tempo em que descartou qualquer acordo de imigração com a Alemanha que possa prejudicar os interesses da Áustria.
As declarações foram feitas após um acordo fechado em Berlim para barrar a entrada de requerentes de refúgio que já tenham sido registrados em outro país da União Europeia.
A Áustria faz fronteira com o estado alemão da Baviera e, no passado, expressou temores de que um endurecimento das políticas alemãs faça com que muitos solicitantes de asilo fiquem na Áustria em vez de chegar ao seu objetivo original, a Alemanha.
Desde dezembro de 2017, a Áustria é governada por uma coalizão de conservadores e populistas de direita que têm em comum a linha dura no âmbito da imigração e o fato de serem contra a admissão de refugiados.
RK/dpa/efe/ots
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Segundo as autoridades, a fiscalização não tem relação com as recentes ameaças do governo em Viena de fechar a fronteira sul da Áustria para impedir a entrada de imigrantes. A medida foi planejada em coordenação com a União Europeia (UE) e tem como objetivo garantir a segurança da cúpula de ministros.
Os postos de controle incluem a passagem da montanha Brenner, entre a Itália e a Áustria, conhecida como a rota de transporte e de turismo mais movimentada dos Alpes. No local, as autoridades estão preparadas para fechar trechos da rota. Se necessário, uma cerca de 400 metros de comprimento poderá ser montada para reforçar os controles.
Também estão sendo controladas as fronteiras alemãs para o Tirol em geral. A entrada para a Áustria a partir da Alemanha por Salzburg ou Passau é possível sem controles.
Mesmo acontecendo na alta temporada do verão europeu, período de férias para muitos cidadãos do bloco, a monitoração não causou engarrafamentos consideráveis no primeiro dia das operações. Motoristas são obrigados a reduzir a velocidade a 30 km/h, segundo a polícia.
"As obstruções são muito limitadas", afirmou Markus Widmann, chefe do departamento de trânsito do estado austríaco do Tirol.
Entre 17 e 21 de setembro, a Áustria também deverá realizar controles nas fronteiras devido à cúpula de chefes de Estado e de governo da UE em Salzburg, marcada para o dia 20 daquele mês.
A fiscalização ocorre em meio a uma situação política tensa: o controle de fronteiras é tema recorrente na Áustria e também na Alemanha. Se as autoridades alemãs ampliarem a rejeição de imigrantes na fronteira com a Áustria, o governo em Viena ameaçou adotar medidas na fronteira sul do país, incluindo a montanha Brenner.
Nas próximas semanas, Alemanha e Áustria querem negociar, juntamente com a Itália, medidas para o fechamento da rota central do Mediterrâneo usada por refugiados para chegar da Itália à Alemanha.
Na semana passada, o chanceler federal austríaco, Sebastian Kurz, afirmou que o seu país estaria disposto a adotar controles em suas fronteiras com a Itália e a Eslovênia, ao mesmo tempo em que descartou qualquer acordo de imigração com a Alemanha que possa prejudicar os interesses da Áustria.
As declarações foram feitas após um acordo fechado em Berlim para barrar a entrada de requerentes de refúgio que já tenham sido registrados em outro país da União Europeia.
A Áustria faz fronteira com o estado alemão da Baviera e, no passado, expressou temores de que um endurecimento das políticas alemãs faça com que muitos solicitantes de asilo fiquem na Áustria em vez de chegar ao seu objetivo original, a Alemanha.
Desde dezembro de 2017, a Áustria é governada por uma coalizão de conservadores e populistas de direita que têm em comum a linha dura no âmbito da imigração e o fato de serem contra a admissão de refugiados.
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