Agressor de Bolsonaro se torna réu
Justiça aceita denúncia contra Adélio Bispo de Oliveira por prática de atentado pessoal por inconformismo político, um crime contra a segurança nacional. Autor de facada tem dez dias para apresentar defesa.O juiz federal Bruno Savino, da 3ª Vara de Juiz de Fora, aceitou nesta quinta-feira (04/10) a denúncia apresentada contra Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada que atingiu o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), por prática de atentado pessoal por inconformismo político.
Com a decisão, Oliveira se torna réu na ação penal e tem dez dias para apresentar sua defesa. O agressor foi preso em flagrante em 6 de setembro, logo após realizar o ataque na cidade mineira de Juiz de Fora, e confessou a autoria do crime.
Se for condenado ao fim do processo, o réu pode receber uma pena de três a dez anos de prisão, podendo ser aumentada até o dobro por conta da lesão corporal grave.
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) na segunda-feira, com base na Lei de Segurança Nacional (LSN). O órgão afirma que Oliveira planejou o ataque com antecedência e colocou em risco o regime democrático ao tentar matar um dos concorrentes da disputa presidencial, pois com isso buscava interferir no resultado das eleições.
"O propósito do ato foi eliminar fisicamente o candidato da disputa pela Presidência da República, excluindo-o do pleito, de modo a impedir que as suas ideias, caso acolhidas pela maioria, passassem a informar as políticas públicas do governo federal", diz a acusação.
Para preparar a denúncia, o MPF recorreu ao depoimento do acusado e a elementos obtidos na investigação da Polícia Federal, como rastros de navegação na internet feita por Oliveira, mensagens e imagens em seu celular, bem como seu histórico de atuação política.
Bolsonaro foi atingido por um golpe de faca no abdômen em 6 de setembro durante um ato de campanha em Juiz de Fora. Levado a um hospital na cidade mineira, ele foi submetido a uma cirurgia e depois transferido para o Albert Einstein, em São Paulo, onde passou por novos procedimentos. O candidato recebeu alta no sábado passado.
Em depoimento às autoridades, o agressor manifestou motivações políticas e religiosas para o atentado. Oliveira está atualmente detido em um presídio federal em Campo Grande, no Mato Grosso. Sua defesa tenta obter uma avaliação de sanidade mental, alegando que ele sofre de transtorno delirante grave.
A Polícia Federal investiga o caso desde o dia do ataque. Em 25 de setembro, a corporação anunciou a abertura de um segundo inquérito, mas descartou o envolvimento de mais pessoas no crime. A medida seria uma cautela adicional para evitar críticas à apuração.
Desde o início da corrida eleitoral, Bolsonaro vem liderando as intenções de votos à Presidência. A mais recente pesquisa, do instituto Datafolha, revelou nesta quinta-feira que o militar reformado segue conquistando eleitores.
A sondagem colocou o candidato do PSL com 35% das intenções no primeiro turno, três pontos percentuais a mais do que na pesquisa anterior, seguido de Fernando Haddad (PT), com 22%. Bolsonaro lidera também a lista de candidatos mais rejeitados, com 45%.
EK/abr/ots
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Com a decisão, Oliveira se torna réu na ação penal e tem dez dias para apresentar sua defesa. O agressor foi preso em flagrante em 6 de setembro, logo após realizar o ataque na cidade mineira de Juiz de Fora, e confessou a autoria do crime.
Se for condenado ao fim do processo, o réu pode receber uma pena de três a dez anos de prisão, podendo ser aumentada até o dobro por conta da lesão corporal grave.
A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) na segunda-feira, com base na Lei de Segurança Nacional (LSN). O órgão afirma que Oliveira planejou o ataque com antecedência e colocou em risco o regime democrático ao tentar matar um dos concorrentes da disputa presidencial, pois com isso buscava interferir no resultado das eleições.
"O propósito do ato foi eliminar fisicamente o candidato da disputa pela Presidência da República, excluindo-o do pleito, de modo a impedir que as suas ideias, caso acolhidas pela maioria, passassem a informar as políticas públicas do governo federal", diz a acusação.
Para preparar a denúncia, o MPF recorreu ao depoimento do acusado e a elementos obtidos na investigação da Polícia Federal, como rastros de navegação na internet feita por Oliveira, mensagens e imagens em seu celular, bem como seu histórico de atuação política.
Bolsonaro foi atingido por um golpe de faca no abdômen em 6 de setembro durante um ato de campanha em Juiz de Fora. Levado a um hospital na cidade mineira, ele foi submetido a uma cirurgia e depois transferido para o Albert Einstein, em São Paulo, onde passou por novos procedimentos. O candidato recebeu alta no sábado passado.
Em depoimento às autoridades, o agressor manifestou motivações políticas e religiosas para o atentado. Oliveira está atualmente detido em um presídio federal em Campo Grande, no Mato Grosso. Sua defesa tenta obter uma avaliação de sanidade mental, alegando que ele sofre de transtorno delirante grave.
A Polícia Federal investiga o caso desde o dia do ataque. Em 25 de setembro, a corporação anunciou a abertura de um segundo inquérito, mas descartou o envolvimento de mais pessoas no crime. A medida seria uma cautela adicional para evitar críticas à apuração.
Desde o início da corrida eleitoral, Bolsonaro vem liderando as intenções de votos à Presidência. A mais recente pesquisa, do instituto Datafolha, revelou nesta quinta-feira que o militar reformado segue conquistando eleitores.
A sondagem colocou o candidato do PSL com 35% das intenções no primeiro turno, três pontos percentuais a mais do que na pesquisa anterior, seguido de Fernando Haddad (PT), com 22%. Bolsonaro lidera também a lista de candidatos mais rejeitados, com 45%.
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