1911: Amundsen é o primeiro homem no Polo Sul
1911: Amundsen é o primeiro homem no Polo Sul - A 14 de dezembro de 1911, o norueguês Roald Amundsen e quatro colegas foram os primeiros a chegar ao Polo Sul, vencendo a corrida contra o britânico Robert Scott, que só chegou um mês depois e morreu no caminho de volta.A corrida da primeira expedição ao Polo Sul começou em junho de 1910, quando Robert Scott deixou a Inglaterra no navio Terra Nova em direção ao Hemisfério Sul.
Dois meses depois, o norueguês Roald Amundsen partia com o mesmo objetivo, já que não havia conseguido ser o primeiro a chegar ao Polo Norte. Frustrado, ele ouvira em 6 de abril de 1909 a notícia de que Robert Edwin Peary havia completado a façanha antes dele e decidiu concentrar seus esforços na conquista do Polo Sul.
A vantagem de dois meses que separava os dois rivais na corrida pelo Polo Sul, entretanto, diminuiu depressa, mesmo porque o norueguês estava melhor equipado.
Experiente na sobrevivência a baixas temperaturas (já havia passado um inverno na Antártica e participado de excursões ao Ártico), ele sabia que cães esquimós eram mais adequados que os pôneis escolhidos por Scott para puxar os trenós.
Além disso, Amundsen levou sacos de dormir forrados com peles grossas, uma cabana semipronta e várias tendas impermeáveis.
A verdadeira aventura desta expedição ao continente gelado começou a 20 de outubro de 1911. Até aí, Amundsen havia passado oito meses estudando a região. Várias vezes ele havia avançado até 85 graus de latitude, depositando reservas de comida. As temperaturas chegavam aos 50 graus negativos, como registrou Amundsen em seu diário.
A primeira incursão ao Polo Sul havia sido interrompida em setembro, quando Amundsen e seus quatro melhores homens desistiram por causa das fortes tempestades de neve. Em outubro, então, com a chegada do outono, Amundsen partiu novamente com seus quatro companheiros, levando quatro trenós e 48 cães. Cada trenó transportava 330 quilos de mantimentos e equipamentos.
Comida de sobra
Os primeiros 150 quilômetros foram percorridos de trenó. Nos 500 quilômetros seguintes, foram rebocados por esquis, sem gastar muita energia. Depois de subirem durante quatro dias uma geleira de 3,2 mil metros de altura, mataram os 24 cães em pior estado e guardaram a carne para quando retornassem.
No dia 14 de dezembro de 1911, finalmente, desfraldaram a bandeira da Noruega no Polo Sul. O triunfo foi comemorado com charutos. O grupo partiu quatro dias depois. Sabendo que Scott ainda chegaria, deixaram uma tenda, peças de roupa, vários instrumentos para orientação e uma carta:
"Prezado senhor comandante Scott, já que tudo indica que o senhor será o próximo a atingir este local, peço que envie esta carta ao rei Haakon 7º. Caso possam fazer uso de alguma coisa que deixamos, não hesitem. Espero que o trenó também possa ser útil. Atenciosamente e com os votos de um bom retorno, seu Roald Amundsen."
Seis semanas demorou a viagem de retorno até a base da equipe de Amundsen. Tinham tantos biscoitos que podiam tê-los jogado fora, escreveu em seu diário. Scott, por seu lado, também chegou ao acampamento deixado por Amundsen. O moral do grupo, entretanto, ficou bastante abalado ao saber que não tinham sido os primeiros.
Nas suas anotações, Scott culpou o mau tempo pelo fracasso. Ele e o grupo morreram de frio e de fome. O último registro foi feito a 19 de março de 1912, quando estavam a 17 quilômetros de um depósito de comida. Os corpos foram encontrados oito meses depois por uma equipe de resgate.
Autor: Jens Teschke
Dois meses depois, o norueguês Roald Amundsen partia com o mesmo objetivo, já que não havia conseguido ser o primeiro a chegar ao Polo Norte. Frustrado, ele ouvira em 6 de abril de 1909 a notícia de que Robert Edwin Peary havia completado a façanha antes dele e decidiu concentrar seus esforços na conquista do Polo Sul.
A vantagem de dois meses que separava os dois rivais na corrida pelo Polo Sul, entretanto, diminuiu depressa, mesmo porque o norueguês estava melhor equipado.
Experiente na sobrevivência a baixas temperaturas (já havia passado um inverno na Antártica e participado de excursões ao Ártico), ele sabia que cães esquimós eram mais adequados que os pôneis escolhidos por Scott para puxar os trenós.
Além disso, Amundsen levou sacos de dormir forrados com peles grossas, uma cabana semipronta e várias tendas impermeáveis.
A verdadeira aventura desta expedição ao continente gelado começou a 20 de outubro de 1911. Até aí, Amundsen havia passado oito meses estudando a região. Várias vezes ele havia avançado até 85 graus de latitude, depositando reservas de comida. As temperaturas chegavam aos 50 graus negativos, como registrou Amundsen em seu diário.
A primeira incursão ao Polo Sul havia sido interrompida em setembro, quando Amundsen e seus quatro melhores homens desistiram por causa das fortes tempestades de neve. Em outubro, então, com a chegada do outono, Amundsen partiu novamente com seus quatro companheiros, levando quatro trenós e 48 cães. Cada trenó transportava 330 quilos de mantimentos e equipamentos.
Comida de sobra
Os primeiros 150 quilômetros foram percorridos de trenó. Nos 500 quilômetros seguintes, foram rebocados por esquis, sem gastar muita energia. Depois de subirem durante quatro dias uma geleira de 3,2 mil metros de altura, mataram os 24 cães em pior estado e guardaram a carne para quando retornassem.
No dia 14 de dezembro de 1911, finalmente, desfraldaram a bandeira da Noruega no Polo Sul. O triunfo foi comemorado com charutos. O grupo partiu quatro dias depois. Sabendo que Scott ainda chegaria, deixaram uma tenda, peças de roupa, vários instrumentos para orientação e uma carta:
"Prezado senhor comandante Scott, já que tudo indica que o senhor será o próximo a atingir este local, peço que envie esta carta ao rei Haakon 7º. Caso possam fazer uso de alguma coisa que deixamos, não hesitem. Espero que o trenó também possa ser útil. Atenciosamente e com os votos de um bom retorno, seu Roald Amundsen."
Seis semanas demorou a viagem de retorno até a base da equipe de Amundsen. Tinham tantos biscoitos que podiam tê-los jogado fora, escreveu em seu diário. Scott, por seu lado, também chegou ao acampamento deixado por Amundsen. O moral do grupo, entretanto, ficou bastante abalado ao saber que não tinham sido os primeiros.
Nas suas anotações, Scott culpou o mau tempo pelo fracasso. Ele e o grupo morreram de frio e de fome. O último registro foi feito a 19 de março de 1912, quando estavam a 17 quilômetros de um depósito de comida. Os corpos foram encontrados oito meses depois por uma equipe de resgate.
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