Passa de 400 número de mortos na Indonésia
Tsunami deixou quase 1.500 feridos e mais de 150 desaparecidos. Equipes de resgate chegam a comunidades isoladas e usam drones e cães farejadores em busca de sobreviventes. Especialistas não descartam segundo tsunami.As autoridades da Indonésia elevaram nesta terça-feira (25/12) para 429 o número de mortos devido ao tsunami que atingiu o litoral do estreito de Sunda no último sábado. Equipes de resgate seguem nos locais devastados em busca de mais vítimas.
Ao menos 1.485 pessoas ficaram feridas, e outras 154 pessoas ainda estão desaparecidas, segundo o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB), Sutopo Purwo Nugroho.
O tsunami atingiu o oeste da ilha de Java e o extremo sul da ilha de Sumatra, devastando construções e deixando milhares de pessoas desabrigadas.
Equipes formadas por militares, civis e pessoas que fazem trabalho humanitário começaram a chegar a comunidades mais isoladas. Fortes chuvas, porém, dificultam as operações de resgate, que vasculham escombros ao longo de cerca de 100 quilômetros de litoral.
Socorristas usam drones e cães farejadores para auxiliar as buscas. "Há vários locais que achávamos que não tinham sido afetados", explicou Yusuf Latif, outro porta-voz do governo. "Mas agora estamos alcançando áreas mais remotas, e de fato há muitas vítimas ali."
As autoridades afirmaram que as equipes de resgate estão correndo contra o tempo para chegar a seis vilarejos, atualmente inacessíveis por rodovias, onde se estima que as ondas do tsunami chegaram a cinco metros de altura.
"O distrito de Pandeglang, na província de Banten, continua sendo a pior das sete regiões afetadas, e o governo declarou situação de emergência na área por duas semanas", afirmou Sutopo, da BNPB.
Pandeglang é conhecido por suas praias e se tornou um balneário popular, especialmente durante o feriado prolongado de Natal. O distrito estava lotado de turistas quando as ondas devastadoras irromperam por volta das 21h30 de sábado (horário local).
Autoridades concluíram que o tsunami – que atingiu a Indonésia sem ativar os alarmes de emergência – foi desencadeado em parte pela erupção do vulcão Anak Krakatau, localizado a cerca de 50 quilômetros da costa, provocando um deslizamento de terra submarino.
Especialistas não descartam a possibilidade de um segundo tsunami nos próximos dias. "Como o vulcão tem estado ativamente em erupção nos últimos meses, outros tsunamis não podem ser excluídos", afirmou Hermann Fritz, do Instituto de Tecnologia da Geórgia.
O pior tsunami na Indonésia aconteceu em 26 de dezembro de 2004 no norte de Sumatra. Na época, um abalo subterrâneo de 9,1 graus de magnitude diante da costa noroeste de Sumatra provocou um tsunami que causou cerca de 230 mil mortes numa dezena de países banhados pelo Oceano Índico. Cerca 170 mil morreram somente em território indonésio.
A Indonésia é o quarto país mais populoso do mundo e também um dos mais castigados por desastres naturais.
A localização geográfica da Indonésia, no Anel de Fogo do Pacífico, e os mais de 100 vulcões ativos no país tornam a nação propensa a grande atividade sísmica, a maioria moderada, que habitualmente passa despercebida à população. Só neste ano a Indonésia registrou 11 terremotos com vítimas mortais.
EK/ap/dpa/efe/rtr
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Ao menos 1.485 pessoas ficaram feridas, e outras 154 pessoas ainda estão desaparecidas, segundo o porta-voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres (BNPB), Sutopo Purwo Nugroho.
O tsunami atingiu o oeste da ilha de Java e o extremo sul da ilha de Sumatra, devastando construções e deixando milhares de pessoas desabrigadas.
Equipes formadas por militares, civis e pessoas que fazem trabalho humanitário começaram a chegar a comunidades mais isoladas. Fortes chuvas, porém, dificultam as operações de resgate, que vasculham escombros ao longo de cerca de 100 quilômetros de litoral.
Socorristas usam drones e cães farejadores para auxiliar as buscas. "Há vários locais que achávamos que não tinham sido afetados", explicou Yusuf Latif, outro porta-voz do governo. "Mas agora estamos alcançando áreas mais remotas, e de fato há muitas vítimas ali."
As autoridades afirmaram que as equipes de resgate estão correndo contra o tempo para chegar a seis vilarejos, atualmente inacessíveis por rodovias, onde se estima que as ondas do tsunami chegaram a cinco metros de altura.
"O distrito de Pandeglang, na província de Banten, continua sendo a pior das sete regiões afetadas, e o governo declarou situação de emergência na área por duas semanas", afirmou Sutopo, da BNPB.
Pandeglang é conhecido por suas praias e se tornou um balneário popular, especialmente durante o feriado prolongado de Natal. O distrito estava lotado de turistas quando as ondas devastadoras irromperam por volta das 21h30 de sábado (horário local).
Autoridades concluíram que o tsunami – que atingiu a Indonésia sem ativar os alarmes de emergência – foi desencadeado em parte pela erupção do vulcão Anak Krakatau, localizado a cerca de 50 quilômetros da costa, provocando um deslizamento de terra submarino.
Especialistas não descartam a possibilidade de um segundo tsunami nos próximos dias. "Como o vulcão tem estado ativamente em erupção nos últimos meses, outros tsunamis não podem ser excluídos", afirmou Hermann Fritz, do Instituto de Tecnologia da Geórgia.
O pior tsunami na Indonésia aconteceu em 26 de dezembro de 2004 no norte de Sumatra. Na época, um abalo subterrâneo de 9,1 graus de magnitude diante da costa noroeste de Sumatra provocou um tsunami que causou cerca de 230 mil mortes numa dezena de países banhados pelo Oceano Índico. Cerca 170 mil morreram somente em território indonésio.
A Indonésia é o quarto país mais populoso do mundo e também um dos mais castigados por desastres naturais.
A localização geográfica da Indonésia, no Anel de Fogo do Pacífico, e os mais de 100 vulcões ativos no país tornam a nação propensa a grande atividade sísmica, a maioria moderada, que habitualmente passa despercebida à população. Só neste ano a Indonésia registrou 11 terremotos com vítimas mortais.
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