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Bolsonaro desautoriza crítica de Mourão contra a Rússia
Bolsonaro desautoriza crítica de Mourão contra a Rússia - Presidente, que até o momento não condenou Moscou por invasão da Ucrânia, disse ser a única autoridade que deve falar sobre o tema. Mais cedo, vice afirmou que Brasil não concordava com a ofensiva russa.O presidente Jair Bolsonaro desautorizou nesta quinta-feira (24/02) o vice-presidente Hamilton Mourão por uma declaração feita por ele sobre a invasão russa da Ucrânia.
Na manhã desta quinta, Mourão falou, em entrevista a jornalistas, que o Brasil não estava neutro sobre o tema e se opunha à invasão da Ucrânia pela Rússia. "O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com a invasão do território ucraniano", afirmou o vice-presidente.
Mourão também defendeu que haja apoio militar de outros países à Ucrânia e comparou a invasão à expansão militar comandada por Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial. "Tem que haver uso da força, realmente um apoio à Ucrânia, mais do que está sendo colocado. Esta é a minha visão. Se o mundo ocidental pura e simplesmente deixar que a Ucrânia caia por terra, o próximo vai ser a Moldávia, depois os Estados bálticos e assim sucessivamente. Igual a Alemanha hitlerista fez no final dos anos 30", afirmou o vice.
À tarde, em uma transmissão ao vivo em redes sociais, Bolsonaro declarou que ele é a única autoridade indicada para se manifestar sobre o tema, e que faria uma reunião "nas próximas horas" para analisar a situação.
"Quem fala dessa questão chama-se Jair Messias Bolsonaro. Mais ninguém fala. Quem está falando, está dando peruada naquilo que não lhe compete", afirmou o presidente. "O artigo 84 da Constituição diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente. Com todo respeito a essa pessoa que falou isso, e eu vi a imagem, falou mesmo, está falando algo que não deve. Não é de competência dela, é de competência nossa."
Sem críticas a Putin
Até o momento, Bolsonaro não fez críticas à Rússia pela invasão do país vizinho. O presidente brasileiro foi a Moscou na quarta-feira da semana passada e reuniu-se com o presidente russo, Vladimir Putin, quando ambos trocaram palavras amigáveis. Bolsonaro chamou o líder russo de "prezado amigo", afirmou que era solidário à Rússia, sem especificar o motivo, e adotou um discurso em defesa da paz.
Na live desta desta quinta, Bolsonaro voltou a falar em defesa da paz e celebrou a reunião que teve com Putin. "Nós somos da paz, nós queremos a paz. Viajamos para a Rússia, fizemos um contato excepcional com o presidente Putin, acertamos a questão de fertilizantes para o Brasil. Somos dependentes de fertilizantes da Rússia, Bielorrússia e grande parte desses países. O país mais importante do mundo se chama Brasil e eu sou presidente do Brasil", disse.
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro divulgou um comunicado nesta quinta em que pede o fim imediata das hostilidades e a retomada de negociações com base nos Acordos de Minsk. A nota pede que sejam considerados os "legítimos interesses de segurança de todas as partes".
bl (ots)
Na manhã desta quinta, Mourão falou, em entrevista a jornalistas, que o Brasil não estava neutro sobre o tema e se opunha à invasão da Ucrânia pela Rússia. "O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com a invasão do território ucraniano", afirmou o vice-presidente.
Mourão também defendeu que haja apoio militar de outros países à Ucrânia e comparou a invasão à expansão militar comandada por Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial. "Tem que haver uso da força, realmente um apoio à Ucrânia, mais do que está sendo colocado. Esta é a minha visão. Se o mundo ocidental pura e simplesmente deixar que a Ucrânia caia por terra, o próximo vai ser a Moldávia, depois os Estados bálticos e assim sucessivamente. Igual a Alemanha hitlerista fez no final dos anos 30", afirmou o vice.
À tarde, em uma transmissão ao vivo em redes sociais, Bolsonaro declarou que ele é a única autoridade indicada para se manifestar sobre o tema, e que faria uma reunião "nas próximas horas" para analisar a situação.
"Quem fala dessa questão chama-se Jair Messias Bolsonaro. Mais ninguém fala. Quem está falando, está dando peruada naquilo que não lhe compete", afirmou o presidente. "O artigo 84 da Constituição diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente. Com todo respeito a essa pessoa que falou isso, e eu vi a imagem, falou mesmo, está falando algo que não deve. Não é de competência dela, é de competência nossa."
Sem críticas a Putin
Até o momento, Bolsonaro não fez críticas à Rússia pela invasão do país vizinho. O presidente brasileiro foi a Moscou na quarta-feira da semana passada e reuniu-se com o presidente russo, Vladimir Putin, quando ambos trocaram palavras amigáveis. Bolsonaro chamou o líder russo de "prezado amigo", afirmou que era solidário à Rússia, sem especificar o motivo, e adotou um discurso em defesa da paz.
Na live desta desta quinta, Bolsonaro voltou a falar em defesa da paz e celebrou a reunião que teve com Putin. "Nós somos da paz, nós queremos a paz. Viajamos para a Rússia, fizemos um contato excepcional com o presidente Putin, acertamos a questão de fertilizantes para o Brasil. Somos dependentes de fertilizantes da Rússia, Bielorrússia e grande parte desses países. O país mais importante do mundo se chama Brasil e eu sou presidente do Brasil", disse.
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro divulgou um comunicado nesta quinta em que pede o fim imediata das hostilidades e a retomada de negociações com base nos Acordos de Minsk. A nota pede que sejam considerados os "legítimos interesses de segurança de todas as partes".
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