Morre presidente de petroleira crítico à invasão da Ucrânia
Morre presidente de petroleira crítico à invasão da Ucrânia - Ravil Maganov, presidente da Lukoil, morreu após cair de janela de hospital em Moscou. Ele é o nome mais recente entre vários executivos e oligarcas russos mortos em circunstâncias suspeitas desde a invasão da Ucrânia.Ravil Maganov, presidente da Lukoil, a segunda maior produtora de petróleo da Rússia, morreu nesta quinta-feira (01/09) após cair da janela de um hospital em Moscou, afirmou à agência de notícias Reuters uma fonte ligada à família.
A imprensa da Rússia também noticiou a morte do empresário de 67 anos, mas não revelar as fontes nem o motivo por que ele estava no hospital. A Lukoil emitiu uma nota afirmando que Maganov faleceu após uma "doença grave", sem mais detalhes.
Duas fontes próximas a Maganov afirmaram à Reuters ser altamente improvável que o executivo tivesse cometido suicídio. Questionada pela agência de notícias se investiga a morte como suspeita, a polícia de Moscou disse ter encaminhado o caso ao Comitê de Investigação.
A Lukoil foi uma das poucas grandes empresas russas a pedirem o fim dos combates na Ucrânia, após Moscou invadir o país em fevereiro. Num comunicado em 3 de março, sua diretoria pediu o fim "imediato" dos combates, expressando solidariedade aos atingidos pela "tragédia".
A clínica em que Maganov estava costuma ser apelidada "Hospital do Kremlin", por ter membros das elites políticas e empresariais da Rússia entre seus pacientes.
Mortes repentinas de executivos e oligarcas
Vários outros executivos ligados ao setor energético russo morreram repentinamente em circunstâncias pouco claras nos últimos meses. Um dia depois de a Rússia invadir a Ucrânia, um gerente de alto nível da Gazprom, Alexander Tyulakov, foi encontrado morto em sua casa em São Petersburgo.
Em abril, Sergei Protosenya, oligarca multimilionário e ex-vice-presidente da Novatek, a maior produtora de gás natural liquefeito (GNL) da Rússia, foi encontrado morto com a esposa e a filha na Espanha. A polícia regional catalã, que investiga o caso, diz acreditar que o executivo as matou e depois se enforcou no jardim da casa.
Ainda em abril, Vladislav Avayev foi encontrados morto, junto com a esposa e a filha de 13 anos, em seu luxuoso apartamento em Moscou. A agência e notícias estatal russa Tass afirmou que ele tinha uma pistola na mão. Também aqui as autoridades creem que ele teria matado ambas antes de se suicidar.
Em 24 de março, o bilionário Vasily Melnikov, chefe da gigante de suprimentos médicos MedStom, foi encontrado morto ao lado da esposa, Galina, e dois filhos pequenos em seu apartamento na cidade de Ninzhni Novgorod. Os detalhes das mortes também têm paralelos com os de Protosenya e Avayev.
Maganov era funcionário de longa data na Lukoil
Maganov trabalhava na Lukoil desde 1993, logo após a criação da empresa, supervisionando o refino, produção e exploração de petróleo, e tornou-se presidente em 2020. Seu irmão, Nail, é o chefe da produtora de petróleo de médio porte Tatneft.
Ravil era colaborador próximo de um dos fundadores da Lukoil, Vagit Alekperov, e frequentemente participava de reuniões entre os produtores russos de petróleo e o Ministério da Energia, para decidir ações conjuntas como parte do grupo Opep+.
O cartel, que reúne os 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e dez dos maiores exportadores de petróleo do mundo, controla metade da produção global, o que lhe confere grande poder na hora de determinar preços do produto.
Alekperov, que foi vice-ministro do Petróleo da extinta União Soviética, renunciou ao cargo de presidente da Lukoil em abril, uma semana depois de o Reino Unido impor congelamento de ativos e proibição de viagens como parte das sanções contra a invasão da Ucrânia pela Rússia.
fc/av (reuters, afp)
A imprensa da Rússia também noticiou a morte do empresário de 67 anos, mas não revelar as fontes nem o motivo por que ele estava no hospital. A Lukoil emitiu uma nota afirmando que Maganov faleceu após uma "doença grave", sem mais detalhes.
Duas fontes próximas a Maganov afirmaram à Reuters ser altamente improvável que o executivo tivesse cometido suicídio. Questionada pela agência de notícias se investiga a morte como suspeita, a polícia de Moscou disse ter encaminhado o caso ao Comitê de Investigação.
A Lukoil foi uma das poucas grandes empresas russas a pedirem o fim dos combates na Ucrânia, após Moscou invadir o país em fevereiro. Num comunicado em 3 de março, sua diretoria pediu o fim "imediato" dos combates, expressando solidariedade aos atingidos pela "tragédia".
A clínica em que Maganov estava costuma ser apelidada "Hospital do Kremlin", por ter membros das elites políticas e empresariais da Rússia entre seus pacientes.
Mortes repentinas de executivos e oligarcas
Vários outros executivos ligados ao setor energético russo morreram repentinamente em circunstâncias pouco claras nos últimos meses. Um dia depois de a Rússia invadir a Ucrânia, um gerente de alto nível da Gazprom, Alexander Tyulakov, foi encontrado morto em sua casa em São Petersburgo.
Em abril, Sergei Protosenya, oligarca multimilionário e ex-vice-presidente da Novatek, a maior produtora de gás natural liquefeito (GNL) da Rússia, foi encontrado morto com a esposa e a filha na Espanha. A polícia regional catalã, que investiga o caso, diz acreditar que o executivo as matou e depois se enforcou no jardim da casa.
Ainda em abril, Vladislav Avayev foi encontrados morto, junto com a esposa e a filha de 13 anos, em seu luxuoso apartamento em Moscou. A agência e notícias estatal russa Tass afirmou que ele tinha uma pistola na mão. Também aqui as autoridades creem que ele teria matado ambas antes de se suicidar.
Em 24 de março, o bilionário Vasily Melnikov, chefe da gigante de suprimentos médicos MedStom, foi encontrado morto ao lado da esposa, Galina, e dois filhos pequenos em seu apartamento na cidade de Ninzhni Novgorod. Os detalhes das mortes também têm paralelos com os de Protosenya e Avayev.
Maganov era funcionário de longa data na Lukoil
Maganov trabalhava na Lukoil desde 1993, logo após a criação da empresa, supervisionando o refino, produção e exploração de petróleo, e tornou-se presidente em 2020. Seu irmão, Nail, é o chefe da produtora de petróleo de médio porte Tatneft.
Ravil era colaborador próximo de um dos fundadores da Lukoil, Vagit Alekperov, e frequentemente participava de reuniões entre os produtores russos de petróleo e o Ministério da Energia, para decidir ações conjuntas como parte do grupo Opep+.
O cartel, que reúne os 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e dez dos maiores exportadores de petróleo do mundo, controla metade da produção global, o que lhe confere grande poder na hora de determinar preços do produto.
Alekperov, que foi vice-ministro do Petróleo da extinta União Soviética, renunciou ao cargo de presidente da Lukoil em abril, uma semana depois de o Reino Unido impor congelamento de ativos e proibição de viagens como parte das sanções contra a invasão da Ucrânia pela Rússia.
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