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Sede do Governo de Guerrero, no México, é atacada por estudantes em protesto

Veículos foram incendiados durante protesto em frente ao Palácio do Governo de Guerrero, onde 43 estudantes foram sequestrados e mortos - EFE
Veículos foram incendiados durante protesto em frente ao Palácio do Governo de Guerrero, onde 43 estudantes foram sequestrados e mortos Imagem: EFE

Em Chilpancingo (México)

08/11/2014 22h56

Colegas dos 43 estudantes desaparecidos da Escola Normal Rural de Ayotzinapa atacaram neste sábado o Palácio do Governo de Guerrero para protestar contra o transcurso das investigações sobre o caso.

Por volta das 17h30 (horário local, 22h30 em Brasília) os estudantes, acompanhados por membros de outras escolas, chegaram em vários ônibus ao Palácio de Governo situado em Chilpancingo, capital do estado, e começaram a jogar pedras e coquetéis molotov.

Além disso, incendiaram vários veículos que se encontravam estacionados dentro dos prédios, assim como uma patrulha policial e várias caminhonetes que estavam em seu poder.

Após alguns minutos e sem que houvesse intervenção policial os estudantes deixaram o local.

Os estudantes mostraram assim sua rejeição à informação apresentada na sexta-feira pelo Governo mexicano, que assinala que há muita chance de que os estudantes estejam mortos.

Segundo informou o procurador-geral do país, Jesús Murillo Karam, os estudantes sequestrados pela Polícia local de Iguala no dia 26 de setembro foram entregues ao grupo de delinquentes Guerreros Unidos, que os mataram e os queimaram até que só restassem cinzas.

Parte dessas cinzas foi encontrada e vai ser analisada em um laboratório da Áustria, com a esperança de que possam ser identificadas as vítimas.

Os familiares dos jovens anunciaram que não confiam na informação dada pelas autoridades até que não haja provas concretas, por isso que disseram que vão lutar até o final para que se saiba a verdade deste caso.

O edifício do Palácio de Governo já tinha sido atacado no mês passado pelos estudantes, que também não aceitam a nomeação do novo governador, Rogelio Ortega, que entrou para substituir Ángel Aguirre.