Coreia do Norte lembra 3º aniversário da morte do "querido líder"
![17.dez.2014 - Homem assiste a programa na TV sobre o aniversário da morte do ditador norte-coreano Kim Jong-il, há três anos, em estação de trem em Seul (Coreia do Sul) - Yung Yeon-je/AFP](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/2014/12/17/17dez2014---homem-assiste-a-programa-na-tv-sobre-o-aniversario-da-morte-do-ditador-norte-coreano-kim-jong-il-ha-tres-anos-em-estacao-de-trem-em-seul-coreia-do-sul-1418810931470_615x300.jpg)
A Coreia do Norte homenageou nesta quarta-feira com manifestações cidadãs e sons de sirene o terceiro aniversário da morte do "querido líder", Kim Jong-il, segundo a imprensa estatal, que destacou o ambiente "solene" vivido na capital, Pyongyang.
"Todos os membros do partido, soldados e outros cidadãos mantiveram três minutos de silêncio em direção ao Palácio do Sol de Kumsusan, o templo sagrado onde descansa Kim Jong-il", pai do atual líder norte-coreano, Kim Jong-un, afirmou a agência estatal "KCNA".
A homenagem, que aconteceu ao meio-dia (hora local), incluiu também o toque de sirenes, buzinas de veículos e de apitos em uma "atmosfera solene", segundo a fonte.
O jovem Kim Jong-un, que teria 31 anos, liderou uma cerimônia em Pyongyang cercado de milhares de oficiais do Partido dos Trabalhadores e do exército, segundo imagens divulgadas pela televisão estatal "KCTV".
A "KCTV" também mostrou centenas de pessoas na capital em silêncio em homenagem ao falecido líder e depositando flores aos pés da grande estátua de bronze de Kim Jong-il no centro da cidade.
Um sorridente Kim Jong-il estampou hoje a capa do jornal do "Rodong", do Partido dos Trabalhadores, ao lado de um grande editorial exaltando as conquistas políticas e militares do homem que governou o país com mão de ferro de 1994 até sua morte, em dezembro de 2011.
Especialistas na Coreia do Sul acreditam que o terceiro aniversário da morte de Kim Jong-il pode significar mudanças no país, já que a tradição confucionista coreana estipula três anos como o período de luto que todo filho deve cumprir com rigor.
Kim Jong-un, que por enquanto aplicou estritamente a política "songun" de prioridade militar instaurada por seu progenitor, poderia ter agora mais liberdade para pôr em prática novas estratégias.
No exterior, organizações de direitos humanos lembraram o lado obscuro da ditadura do "querido líder".
"Kim Jong-il deve ser recordado por liderar crimes sistemáticos contra a humanidade e contra de seu próprio povo, incluindo uma crise de fome catastrófica", disse em comunicado a Human Rights Watch. Durante os anos 90, estima-se que entre 500 mil e um milhão de norte-coreanos morreram de fome no país.
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