Violência em protestos contra presidente do Burundi deixa 2 mortos
Nairóbi, 4 mai (EFE).- Duas pessoas morreram e seis ficaram feridas nesta segunda-feira em Bujumbura em novo dia de protestos contra a decisão do presidente do país, Pierre Nkurunziza, de se candidatar a um terceiro mandato nas eleições de julho, informou a ONU.
O número de vítimas desde que começaram os distúrbios, há oito dias, chegou a nove mortos e mais de 60 feridos, segundo um relatório da agência das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
No dia 25 de abril, o presidente foi designado a se candidatar a um terceiro mandato, o que provocou uma onda de violentos protestos entre os partidários da oposição, que insiste que a Constituição do país limita a dois o número de mandatos.
Em uma tentativa de buscar amparo judicial, o Senado, composto quase em totalmente por membros do partido governante, encaminhou um pedido ao Tribunal Constitucional para que o órgão se pronuncie sobre a legalidade da decisão.
Enquanto isso, os distúrbios continuam e se expandem além da capital, a maioria das lojas, empresas e bancos permanecem fechados e o governo mantém seus esforços para bloquear as redes sociais e as transmissões de alguns meios de comunicação.
Segundo a ONU, ainda "não há necessidades humanitárias significativas", apesar aproximadamente 30 mil cidadãos já terem fugido do país por medo da violência pré-eleitoral.
A candidatura de Nkurunziza gerou temor entre grandes setores da população do Burundi, que há dez anos saiu de uma guerra civil (1993-2005) que afundou o país e ainda afeta a sociedade.
Após sua independência da Bélgica em 1962, o Burundi viveu dois episódios classificados como genocídio: o massacre de hutus pelo exército dominado por tutsis em 1972, e o assassinato em massa de tutsis por hutus em 1993.
Membros da oposição e famílias tutsis começaram a deixar o país depois das recentes notícias sobre distribuição de armas entre as milícias de jovens pró-governo.
O número de vítimas desde que começaram os distúrbios, há oito dias, chegou a nove mortos e mais de 60 feridos, segundo um relatório da agência das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
No dia 25 de abril, o presidente foi designado a se candidatar a um terceiro mandato, o que provocou uma onda de violentos protestos entre os partidários da oposição, que insiste que a Constituição do país limita a dois o número de mandatos.
Em uma tentativa de buscar amparo judicial, o Senado, composto quase em totalmente por membros do partido governante, encaminhou um pedido ao Tribunal Constitucional para que o órgão se pronuncie sobre a legalidade da decisão.
Enquanto isso, os distúrbios continuam e se expandem além da capital, a maioria das lojas, empresas e bancos permanecem fechados e o governo mantém seus esforços para bloquear as redes sociais e as transmissões de alguns meios de comunicação.
Segundo a ONU, ainda "não há necessidades humanitárias significativas", apesar aproximadamente 30 mil cidadãos já terem fugido do país por medo da violência pré-eleitoral.
A candidatura de Nkurunziza gerou temor entre grandes setores da população do Burundi, que há dez anos saiu de uma guerra civil (1993-2005) que afundou o país e ainda afeta a sociedade.
Após sua independência da Bélgica em 1962, o Burundi viveu dois episódios classificados como genocídio: o massacre de hutus pelo exército dominado por tutsis em 1972, e o assassinato em massa de tutsis por hutus em 1993.
Membros da oposição e famílias tutsis começaram a deixar o país depois das recentes notícias sobre distribuição de armas entre as milícias de jovens pró-governo.
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