Manifestação contra imigração acaba em batalha e 140 detidos na Eslováquia
Cento e quarenta detidos, três policiais feridos, vários transeuntes agredidos e muitos danos materiais é o resultado do protesto realizado em Bratislava contra as cotas de imigração debatidas na União Europeia e que acabou na noite deste sábado (20) em uma batalha campal quando a Polícia quis evitar os choques com uma contramarcha antifascista.
Segundo publicou a imprensa eslovaca, o protesto reuniu, entre outros, a membros da extraparlamentar legenda nacionalista Partido Nacional Eslovaco (SNS), da ultradireitista Nossa Eslováquia, do paramilitar Grupo de Ação Oposição Kysuce, e radicais do Slovan de Bratislava e Spartak de Trnava.
Sob o lema "STOP à islamização da Europa! Juntos contra os ditados de Bruxelas, e por uma Europa para os Europeus!", seis mil pessoas marcharam pela capital eslovaca, segundo o jornal "SME".
Enquanto isso, muitas lojas do centro da cidade, fecharam suas portas em previsão dos distúrbios.
"Nossa obrigação é nos encarregar também dos traidores no Parlamento", protestou a controvertida governadora de Banska Bystrica, Marian Kotleba, líder do ultradireitista Nossa Eslováquia.
Essa ameaça de Kotleba foi dirigida aos legisladores eslovacos do Parlamento Europeu que votaram a favor das cotas de distribuição de imigrantes com asilo na UE.
Na opinião de Kotleba, a Eslováquia deveria mandar soldados e policiais para a Itália para vigiar as fronteiras, já que "um só imigrante é demais".
Este ato violento aconteceu dias depois que líderes do Grupo de Visegrado, integrado pela Eslováquia, República Tcheca, Hungria e Polônia, concordaram na capital eslovaca rejeitar a proposta da Comissão Europeia de estabelecer cotas para dividir os refugiados em todos os países do bloco e defenderam que as medidas de acolhimento devem ser voluntárias.
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