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China abre escolas e creches em ilha disputada com países vizinhos

15/12/2015 09h02

Pequim, 15 dez (EFE).- Uma escola primária, uma creche e um centro de formação profissional foram inaugurados esta semana na cidade de Sansha, fundada pela China em 2012 no arquipélago Paracel, uma reafirmação de seu controle sobre essas e outras ilhas no Mar do Sul da China, informou nesta terça-feira o jornal oficial "Global Times".

As instalações, que custaram US$ 5,56 milhões e 18 meses de trabalhos, representam a introdução do sistema educacional em Sansha, cidade que começou de fato sendo um destacamento militar e que atualmente possui cerca de mil habitantes civis.

Seis professores da cidade de Haikou, no sul da China, foram contratados para os centros educativos, que além de salas de aula incluem um edifício de arquivos e um "centro de arqueologia submarina", segundo o jornal.

Sansha fica na ilha de Yongxing (denominada Woody em mapas ocidentais) e foi criada há três anos para administrar os arquipélagos Paracel e Spratly, situados no Mar do Sul da China e disputados por outros países, como Vietnã, Filipinas, Malásia, Brunei e Taiwan.

Por outro lado, a companhia petrolífera chinesa Sinopec anunciou na segunda-feira o início da construção de um posto de gasolina na ilha de Yongxing que estará pronto em ao redor de um ano.

A região também se transformou em uma atração turística, já que agências de viagens chinesas oferecem pacotes turísticos às ilhas Paracel desde 2013.

A China tomou o controle das Paracel (que os chineses chamam Xisha) em 1974, após vencer em uma batalha naval o então denominado Vietnã do Sul, mas o arquipélago, formado por cerca de 40 ilhas, é reivindicado especialmente pelo governo da atual Vietnã.

Este ano houve frequentes atritos entre Estados Unidos e China pelas críticas à construção de instalações em ilhas disputadas do Mar do Sul da China, que segundo Washington incluem infraestruturas militares e inclusive ilhas artificiais.

Isso levou os EUA a desdobrar embarcações de sua marinha nas águas disputadas como um aviso à China, medidas que o Pentágono prometeu que repetirá periodicamente para conter o avanço chinês na região.

A China argumenta que os EUA não têm voz nas suas disputas marítimas com nações vizinhas, que prometeu resolver com "diálogo e negociação", e garantiu que muitas de suas construções nesses arquipélagos - luzes entre elas - servirão para melhorar a navegação.