Áustria e Bálcãs reforçam cooperação para conter onda migratória
Viena, 24 fev (EFE).- A Áustria e nove países dos Bálcãs Ocidentais acertaram nesta quarta-feira em Viena reforçar sua cooperação para deter ou, pelo menos, frear a onda migratória na chamada "rota balcânica".
Os ministros do Interior e das Relações Exteriores de dez países realizaram hoje na capital austríaca uma controversa conferência, com a destacável ausência da Grécia, porta de entrada à União Europeia (UE) dos refugiados que partem da Turquia.
A ministra do Interior austríaca, Johanna Mikl-Leitner, destacou em entrevista coletiva que, apesar das críticas recebidas por alguns membros comunitários, os países reunidos se viram "obrigados a tomar medidas nacionais".
"Não podemos continuar como no ano passado. Não vamos aceitar. Queremos conseguir uma reação em cadeia da racionalidade", disse a ministra em referência aos milhares de refugiados que passaram pela região rumo a Europa Ocidental, e ressaltando que o governo decidiu limitar a recepção de refugiados a 37.500 pessoas neste ano.
Além disso, só 80 pessoas poderão pedir asilo na fronteira entre Áustria e Eslovênia, enquanto no máximo 3.200 poderão seguir para a Alemanha, uma medida muito criticada por Berlim e Bruxelas. Esses freios obrigaram, em um efeito dominó, aos demais países da rota dos Bálcãs a restringir também a entrada de refugiados pelo receio de que fiquem eles retidos em seu território.
O ministro das Relações Exteriores austríaco, Sebastian Kurz, afirmou na mesma entrevista coletiva que o objetivo continua sendo uma solução europeia.
"Precisamos de medidas nacionais e regionais porque se não vamos transbordar (pela chegada de refugiados)", manifestou Kurz.
Na reunião de hoje participaram responsáveis de Interior e Exteriores de Áustria, Eslovênia, Croácia, Bósnia, Sérvia, Bulgária, Montenegro, Macedônia, Albânia e Kosovo.
A Áustria e os demais países da rota dos Bálcãs acertaram na semana passada um rígido sistema de controle para que nenhum refugiado que não seja de uma zona de guerra possa entrar na Macedônia. Além disso, desde o domingo, a Macedônia nega a entrada da grande maioria dos afegãos, que pretende continuar sua viagem rumo ao norte da Europa.
Esta decisão, junto com um controle reforçado aos refugiados que ainda podem entrar - sírios e iraquianos -, gerou aglomerações e protestos na fronteira entre Grécia e Macedônia.
Outros participantes da reunião defenderam a necessidade de adotar medidas comuns perante o previsível aumento das chegadas pelo bom tempo.
"Não se podem tomar decisões como se tivéssemos todo o tempo do mundo. A crise dos refugiados é o assunto mais importante que a Europa enfrenta hoje e requer uma solução sem demora. Há muitas questões abertas que devemos tratar e não temos tempo. Se nos próximos dias não tivermos uma postura comum, a primavera nos trará novos problemas e desafios ainda mais difíceis", disse o ministro do Interior Sérvio, Nebojsa Stefanovic.
Os ministros do Interior e das Relações Exteriores de dez países realizaram hoje na capital austríaca uma controversa conferência, com a destacável ausência da Grécia, porta de entrada à União Europeia (UE) dos refugiados que partem da Turquia.
A ministra do Interior austríaca, Johanna Mikl-Leitner, destacou em entrevista coletiva que, apesar das críticas recebidas por alguns membros comunitários, os países reunidos se viram "obrigados a tomar medidas nacionais".
"Não podemos continuar como no ano passado. Não vamos aceitar. Queremos conseguir uma reação em cadeia da racionalidade", disse a ministra em referência aos milhares de refugiados que passaram pela região rumo a Europa Ocidental, e ressaltando que o governo decidiu limitar a recepção de refugiados a 37.500 pessoas neste ano.
Além disso, só 80 pessoas poderão pedir asilo na fronteira entre Áustria e Eslovênia, enquanto no máximo 3.200 poderão seguir para a Alemanha, uma medida muito criticada por Berlim e Bruxelas. Esses freios obrigaram, em um efeito dominó, aos demais países da rota dos Bálcãs a restringir também a entrada de refugiados pelo receio de que fiquem eles retidos em seu território.
O ministro das Relações Exteriores austríaco, Sebastian Kurz, afirmou na mesma entrevista coletiva que o objetivo continua sendo uma solução europeia.
"Precisamos de medidas nacionais e regionais porque se não vamos transbordar (pela chegada de refugiados)", manifestou Kurz.
Na reunião de hoje participaram responsáveis de Interior e Exteriores de Áustria, Eslovênia, Croácia, Bósnia, Sérvia, Bulgária, Montenegro, Macedônia, Albânia e Kosovo.
A Áustria e os demais países da rota dos Bálcãs acertaram na semana passada um rígido sistema de controle para que nenhum refugiado que não seja de uma zona de guerra possa entrar na Macedônia. Além disso, desde o domingo, a Macedônia nega a entrada da grande maioria dos afegãos, que pretende continuar sua viagem rumo ao norte da Europa.
Esta decisão, junto com um controle reforçado aos refugiados que ainda podem entrar - sírios e iraquianos -, gerou aglomerações e protestos na fronteira entre Grécia e Macedônia.
Outros participantes da reunião defenderam a necessidade de adotar medidas comuns perante o previsível aumento das chegadas pelo bom tempo.
"Não se podem tomar decisões como se tivéssemos todo o tempo do mundo. A crise dos refugiados é o assunto mais importante que a Europa enfrenta hoje e requer uma solução sem demora. Há muitas questões abertas que devemos tratar e não temos tempo. Se nos próximos dias não tivermos uma postura comum, a primavera nos trará novos problemas e desafios ainda mais difíceis", disse o ministro do Interior Sérvio, Nebojsa Stefanovic.
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