Síndrome de Guillain-Barré tem 5% de mortalidade, alerta OMS
Genebra, 26 fev (EFE).- A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou nesta sexta-feira que 5% das pessoas que sofrem da síndrome de Guillain-Barré morrem e 25% sofrem paralisias dos músculos respiratórios.
A síndrome de Guillain-Barré é uma reação auto-imune do corpo a uma infecção, que passa a atacar os nervos periféricos causando paralisias, explicou Tarun Dua, especialista da entidade.
Essa doença está associada a uma infecção, e sua relação com a dengue, o chicungunha, a gripe e o HIV foi comprovada, embora não existam estudos estatísticos sobre as porcentagens de causa e efeito com estas enfermidades.
Atualmente a comunidade científica mundial está investigando a possível relação do surgimento da síndrome em consequência da infecção com o vírus do zika, com especial incidência na América Latina.
"Por enquanto não pudemos comprovar 100% a relação, mas o vírus é culpado até que se prove o contrário", afirmou Dua em entrevista coletiva.
O problema recai na dificuldade de estabelecer a relação causa e efeito porque, na grande maioria dos casos, a infecção por zika é assintomática e a presença do vírus não é facilmente detectável.
As suspeitas surgiram porque nos países mais afetados pela epidemia do vírus, os casos da síndrome de Guillain-Barré cresceram de forma exponencial.
No Brasil foram detectados 1.700 casos da síndrome nos últimos meses; na Colômbia 86; em El Salvador 118 e na Venezuela 66.
"O problema é que na maioria dos casos não podemos estabelecer a relação entre a síndrome e a infecção", reiterou o especialista.
Até o momento, os estudos estimavam que havia um ou dois casos para cada 100 mil habitantes, por se tratar de "uma enfermidade muito rara", percepção que parece que está mudando com a epidemia de zika.
Quem desenvolve a síndrome de Guillain-Barré começa a ter formigamento e depois perde a sensibilidade dos membros e, em um estágio avançado, tem os músculos paralisados.
Em um quarto dos casos, os músculos dos pulmões também param, o que impede a pessoa de respirar, tornando necessária a terapia intensiva.
Na maioria dos casos, quem desenvolve a síndrome se recupera após alguns meses, disse o especialista.
Para poder detectar o mais rápido possível a doença, a OMS recomenda que, em todos os lugares com surto de zika, sejam potencializadas as técnicas de análise neurológica e a formação para o tratamento da síndrome.
Os exames deveriam ser feitos em todos os pacientes suspeitos de sofrer da síndrome, também através da realização, de forma complementar, de análises de neuroconductividade ou electromiografías e punções lombares, acrescentou a OMS.
A OMS destacou a importância de incluir avaliações neurológicas frequentes e a vigilância das funções vitais e respiratórias, já que o risco de morte está associado a falhas respiratórias, cardíacas, arritmias e formação de coágulos de sangue.
Para os pacientes com síndrome de Guillain-Barré que não são capazes de caminhar ou experimentarem um avanço rápido dos sintomas, a organização de saúde sugeriu um tratamento intravenoso de imunoglobulina ou substituições terapêuticas de plasma.
A síndrome de Guillain-Barré é uma reação auto-imune do corpo a uma infecção, que passa a atacar os nervos periféricos causando paralisias, explicou Tarun Dua, especialista da entidade.
Essa doença está associada a uma infecção, e sua relação com a dengue, o chicungunha, a gripe e o HIV foi comprovada, embora não existam estudos estatísticos sobre as porcentagens de causa e efeito com estas enfermidades.
Atualmente a comunidade científica mundial está investigando a possível relação do surgimento da síndrome em consequência da infecção com o vírus do zika, com especial incidência na América Latina.
"Por enquanto não pudemos comprovar 100% a relação, mas o vírus é culpado até que se prove o contrário", afirmou Dua em entrevista coletiva.
O problema recai na dificuldade de estabelecer a relação causa e efeito porque, na grande maioria dos casos, a infecção por zika é assintomática e a presença do vírus não é facilmente detectável.
As suspeitas surgiram porque nos países mais afetados pela epidemia do vírus, os casos da síndrome de Guillain-Barré cresceram de forma exponencial.
No Brasil foram detectados 1.700 casos da síndrome nos últimos meses; na Colômbia 86; em El Salvador 118 e na Venezuela 66.
"O problema é que na maioria dos casos não podemos estabelecer a relação entre a síndrome e a infecção", reiterou o especialista.
Até o momento, os estudos estimavam que havia um ou dois casos para cada 100 mil habitantes, por se tratar de "uma enfermidade muito rara", percepção que parece que está mudando com a epidemia de zika.
Quem desenvolve a síndrome de Guillain-Barré começa a ter formigamento e depois perde a sensibilidade dos membros e, em um estágio avançado, tem os músculos paralisados.
Em um quarto dos casos, os músculos dos pulmões também param, o que impede a pessoa de respirar, tornando necessária a terapia intensiva.
Na maioria dos casos, quem desenvolve a síndrome se recupera após alguns meses, disse o especialista.
Para poder detectar o mais rápido possível a doença, a OMS recomenda que, em todos os lugares com surto de zika, sejam potencializadas as técnicas de análise neurológica e a formação para o tratamento da síndrome.
Os exames deveriam ser feitos em todos os pacientes suspeitos de sofrer da síndrome, também através da realização, de forma complementar, de análises de neuroconductividade ou electromiografías e punções lombares, acrescentou a OMS.
A OMS destacou a importância de incluir avaliações neurológicas frequentes e a vigilância das funções vitais e respiratórias, já que o risco de morte está associado a falhas respiratórias, cardíacas, arritmias e formação de coágulos de sangue.
Para os pacientes com síndrome de Guillain-Barré que não são capazes de caminhar ou experimentarem um avanço rápido dos sintomas, a organização de saúde sugeriu um tratamento intravenoso de imunoglobulina ou substituições terapêuticas de plasma.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.