Biden visita Amazônia e anuncia recursos para projetos ambientais
O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou novos investimentos para a floresta Amazônica. O democrata visitará Manaus neste domingo (17).
O que aconteceu
Investimento de US$ 50 milhões (cerca de R$ 289 milhões) para o Fundo Amazônia. Segundo o comunicado da Casa Branca, as contribuições totais do país para o projeto chegarão a US$ 100 milhões (R$ 579 milhões). No entanto, o valor está sujeito à aprovação do Congresso norte-americano.
EUA anunciaram coalização para levantar US$ 10 bilhões (R$ 57 bilhões) para projetos de restauração e conservação. O governo americano, o BTG Pactual e mais 12 parceiros pretendem mobilizar investimentos públicos e privados para restaurar 5,5 milhões de hectares até 2030, reduzir as emissões até 2050 e investir US$ 500 milhões (R$ 2,8 bilhões) em projetos para os povos indígenas e comunidades locais da Amazônia brasileira.
Investimento em projeto de reflorestamento no Pará e regiões vizinhas. Os EUA fizeram um empréstimo de US$ 37,5 milhões (R$ 217 milhões) para a Mombak Gestora de Recursos para apoiar um projeto que prevê o plantio de árvores nativas em pastagens degradadas. A expectativa é de que a ação sequestre 5 milhões de toneladas de CO2 ao longo de 50 anos. O CO2 é o principal responsável pelo efeito estufa.
Apoio ao Fundo Floresta Tropical para Sempre, anunciado pelo Brasil na COP28. O fundo deve atrair capital privado para a conservação das florestas. "Os EUA estão anunciando apoio para ajudar a finalizar o trabalho técnico e analítico necessário para projetar e configurar o Fundo".
Investimento de US$ 4 milhões (R$ 23 milhões) no projeto Tapajós for Life para conservar 7 milhões de hectares de áreas protegidas, terras indígenas e comunidades locais na bacia do rio Tapajós. "Ela expandirá as cadeias de valor sustentáveis munitário e melhorará a gestão territorial dentro da bacia do rio".
Implantação de minirredes para levar energia confiável e limpa para comunidades vulneráveis na Amazônia Legal. O objetivo é apoiar o Programa Energias da Amazônia, do governo Lula (PT), contribuindo para o desenvolvimento social e econômico da região.
O governo americano também anunciou apoio a outros projetos privados e públicos de preservação dos biomas ameaçados no Brasil. Um deles é uma parceria com o governo brasileiro para combater a extração ilegal de madeira e investimentos de US$ 1,4 milhão (R$ 8,1 milhões) em ações contra a mineração ilegal e tráfico de mercúrio. Outro projeto usa a tecnologia da NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional) para mapear áreas de queimadas quase em tempo real para o Sistema Alarmes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Visita à Amazônia demonstra "compromisso" de Biden de enfrentar a crise climática, diz Casa Branca. Segundo o comunicado, o governo cumpriu uma "promessa histórica" de aumentar o financiamento climático do mundo. Foram mais de US$ 11 bilhões (R$ 63 bilhões) por ano até 2024.
Primeiro presidente dos EUA a visitar Amazônia
Biden pousa hoje em Manaus e faz um passeio aéreo pela Amazônia. Ele será o primeiro presidente americano em exercício a visitar a floresta.
Democrata também vai visitar o Museu da Amazônia. Segundo agenda divulgada pela Casa Branca, o representante dos EUA encontrará líderes indígenas e pesquisadores, e visitará o Musa —que ocupa uma área de 100 hectares em Manaus e é considerado um museu vivo, de floresta nativa. Durante a viagem, Biden também assinará uma proclamação instituindo 17 de novembro como o Dia Internacional da Conservação nos EUA.
Amanhã (18), Biden estará no Rio para participar do G20. Ele será recepcionado e vai assistir ao lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, proposta do governo brasileiro.
Encontro com Lula e almoço de trabalho com presidente brasileiro acontecem na terça-feira (19). No mesmo dia Biden voltará à Casa Branca, nos EUA.
Com Estadão Conteúdo
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