Ministro belga admite que houve negligência na gestão do caso El Bakraoui
Bruxelas, 25 mar (EFE).- O ministro do Interior da Bélgica, Jan Jambon, admitiu nesta sexta-feira que houve negligência na gestão do caso de Ibrahim El Bakraoui, um dos autores dos atentados de Bruxelas, e considerou "inaceitável" o fato de nenhuma atitude ter sido tomada entre a prisão do terrorista na Turquia e a posterior deportação à Holanda.
"Após uma reunião com a Polícia Federal, só pude concluir que alguém foi negligente, não foi suficientemente proativo, nem comprometido com um dossiê no qual, desde o início, podíamos notar que se tratava de terrorismo", disse Jambon em uma audiência convocada pelo parlamento belga.
O ministro, que foi mantido no cargo pelo primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, após ter apresentado sua carta de renúncia ontem, disse que, como responsável pela polícia, deve assumir a "responsabilidade política" pelo erro.
"Não é preciso ser superativo para compreender que há um risco muito elevado de alguém com o perfil de El Bakraoui - condenado a dez anos de prisão, detido durante vários anos, que viaja à Síria e que é capturado na fronteira com a Síria - pode ser um combatente estrangeiro", destacou o ministro.
"Desde o dia 26 de junho, o momento no qual fomos informados, e o dia 20 de julho, quando El Bakraoui foi levado de avião à Holanda, o oficial responsável não fez nada de essencial. A maneira como ocorreu é inaceitável e eu assumo as consequências", reiterou.
O ministro das Relações Exteriores da Bélgica, Didier Reynders, que também esteve na audiência, ressaltou, porém, que o método utilizado pela Turquia para comunicar a deportação de El Bakraoui não foi a habitual.
"O método habitual de trabalho é que os serviços policiais turcos entrem em contato com os funcionários dos outros países quando há uma extradição na ordem do dia", explicou o chanceler.
Desde maio de 2013, houve seis comunicações deste tipo entre Turquia e Bélgica, cinco delas realizadas em nível policial. A única enviada ao portal eletrônico da embaixada foi a de El Bakraoui, de acordo com o ministro das Relações Exteriores.
O ministro da Justiça, Koen Geens, admitiu que irá verificar se o conjunto de informações foi "tratado e comunicado corretamente". Além disso, considerou "imperativo" que os diferentes serviços de segurança implicados na luta contra o terrorismo colaborem entre si para prevenir novos atentados.
"Após uma reunião com a Polícia Federal, só pude concluir que alguém foi negligente, não foi suficientemente proativo, nem comprometido com um dossiê no qual, desde o início, podíamos notar que se tratava de terrorismo", disse Jambon em uma audiência convocada pelo parlamento belga.
O ministro, que foi mantido no cargo pelo primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, após ter apresentado sua carta de renúncia ontem, disse que, como responsável pela polícia, deve assumir a "responsabilidade política" pelo erro.
"Não é preciso ser superativo para compreender que há um risco muito elevado de alguém com o perfil de El Bakraoui - condenado a dez anos de prisão, detido durante vários anos, que viaja à Síria e que é capturado na fronteira com a Síria - pode ser um combatente estrangeiro", destacou o ministro.
"Desde o dia 26 de junho, o momento no qual fomos informados, e o dia 20 de julho, quando El Bakraoui foi levado de avião à Holanda, o oficial responsável não fez nada de essencial. A maneira como ocorreu é inaceitável e eu assumo as consequências", reiterou.
O ministro das Relações Exteriores da Bélgica, Didier Reynders, que também esteve na audiência, ressaltou, porém, que o método utilizado pela Turquia para comunicar a deportação de El Bakraoui não foi a habitual.
"O método habitual de trabalho é que os serviços policiais turcos entrem em contato com os funcionários dos outros países quando há uma extradição na ordem do dia", explicou o chanceler.
Desde maio de 2013, houve seis comunicações deste tipo entre Turquia e Bélgica, cinco delas realizadas em nível policial. A única enviada ao portal eletrônico da embaixada foi a de El Bakraoui, de acordo com o ministro das Relações Exteriores.
O ministro da Justiça, Koen Geens, admitiu que irá verificar se o conjunto de informações foi "tratado e comunicado corretamente". Além disso, considerou "imperativo" que os diferentes serviços de segurança implicados na luta contra o terrorismo colaborem entre si para prevenir novos atentados.
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