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Argelino que falsificava documentos para jihadistas é detido na Itália

27/03/2016 06h56

Roma, 27 mar (EFE).- A polícia da Itália prendeu um argelino em Sorrento, no sul do país, que era procurado pelas autoridades belgas por fazer parte de uma rede de falsificadores de documentos, que foi utilizada por terroristas envolvidos nos atentados de Paris e Bruxelas.

Trata-se de Djamal Eddine Ouali, de 40 anos, que foi detido em frente à Igreja da cidade de Bellizzi, na província de Salerno, informou a polícia neste domingo em comunicado.

Seu nome apareceu em uma das buscas feitas em casas de falsificadores em Bruxelas em outubro de 2015.

Segundo a ordem de captura citada pela polícia italiana e emitida em 6 de janeiro de 2016 pela polícia belga, o argelino fazia parte de uma rede de falsificadores que proporcionava documentos para que terroristas e outras pessoas pudessem entrar e sair da Europa.

Nas buscas feitas em um domicílio do bairro bruxelense de Saint-Gilles, foram apreendidas mais de mil imagens digitais para a elaboração de documentos de identidade falsos.

Entre elas, acrescentou a polícia italiana na nota, foram encontradas fotos e documentação falsa "de três dos terroristas do grupo que tinha planejado e realizado os atentados de Paris em 13 de novembro e que tinham utilizado esta rede de falsificadores para obter documentos de identidade".

As investigações por parte dos agentes italianos começaram quando o argelino realizou os procedimentos para renovar sua permissão de residência na Itália e se comprovou que havia uma pessoa homônima sobre quem pesava uma ordem de captura na Bélgica.

Através da Interpol, as autoridades italianas enviaram na última sexta-feira a fotografia do argelino e a resposta confirmou que ele era a pessoa procurada na Bélgica.

Os investigadores italianos estão agora tentando determinar os motivos da presença de Ouali no país e seus contatos.

Os veículos de imprensa italianos afirmaram que os tramites para a extradição de Ouali à Bélgica começarão em breve.