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Autoridades do Paquistão detêm 50 suspeitos de atentado a parque

28/03/2016 07h48

Islamabad, 28 mar (EFE).- As forças de segurança paquistaneses detiveram 50 pessoas suspeitas de estar envolvidas no atentado perpetrado no domingo em um parque da cidade de Lahore, que deixou 72 mortos e 359 feridos, informaram nesta segunda-feira fontes oficiais.

"Operação militar na zona de Iqbal. 50 suspeitos foram detidos", informou o governo de Punjab, do qual Lahore é a capital, em sua conta oficial no Twitter, sem oferecer detalhes das detenções.

O diretor-geral do Escritório de Informação do Exército (ISPR), general Asim Bajwa, afirmou nessa mesma rede social que os militares realizam várias operações contra grupos insurgentes desde ontem à noite.

"As agências de inteligência com o Exército e o corpo de Rangers estão realizando cinco operações em Lahore, Faisalabad e Multam desde ontem. As operações continuam com novas pistas", disse Bajwa.

O porta-voz militar indicou que foram detidos supostos terroristas e colaboradores do ataque, além de apreender armas e munição.

Segundo o canal de televisão paquistanesa "Geo TV", entre os detidos estão três irmãos do suspeito de cometer o atentado suicida, um jovem de 28 anos do sul da província de Punjab, que tinha estudado durante anos em uma madraçal ou escola corânica.

O número de mortos no ataque chegou hoje a 72 pessoas, entre elas 18 mulheres e 17 crianças, enquanto o de feridos é de 359, dos quais 20 se encontram em estado crítico.

O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, viajou nesta manhã a Lahore, onde se reuniu com as autoridades da cidade e visitou as vítimas em hospitais.

O atentado ocorreu ontem a tarde no parque Gulshan Iqbal, nas cercanias de uma zona onde há várias crianças e no momento diversas famílias passavam a tarde ali.

Jamaat ul Ahrar, cisão do principal grupo insurgente do Paquistão, o Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP), assumiu a autoria do atentado.

"Reivindicamos a responsabilidade pelo ataque contra os cristãos que celebravam a Páscoa", disse o porta-voz do grupo islamita Ehansullah Ehsan ao jornal paquistanês "The Express Tribune".