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Humala vota e critica órgãos eleitorais do Peru

O presidente do Peru, Ollanta Humala, e a primeira-dama, Nadine Heredia, votam em uma zona eleitoral de Lima - Cris Bouroncle/AFP
O presidente do Peru, Ollanta Humala, e a primeira-dama, Nadine Heredia, votam em uma zona eleitoral de Lima Imagem: Cris Bouroncle/AFP

10/04/2016 12h40

O presidente do Peru, Ollanta Humala, votou na manhã deste domingo no distrito de Santiago de Surco, em Lima, para escolher seu sucessor e representantes no parlamento, e voltou a criticar os órgãos eleitorais por uma aparente incerteza entre os eleitores por suas decisões.

O líder peruano compareceu ao centro de votação com a esposa Nadine Heredia e declarou à imprensa que estava preocupado com o processo eleitoral devido às "preferências" no despreparo de candidatos por um aparente "olhar pouco ponderado" dos juízes eleitorais.

Essa situação criou uma "incerteza no eleitorado", afirmou Humala, em referência à exclusão dos candidatos presidenciais Julio Guzmán e César Acuña, e a rejeição de iniciativas similares contra aos atuais concorrentes Keiko Fujimori, Pedro Pablo Kuczynski e Alan García.

O chefe de Estado afirmou que com este processo eleitoral "é preciso romper o tabu que na história peruana só houve três governos democráticos consecutivos", após o "autogolpe" de Alberto Fujimori em 1992.

O governo de Fujimori foi sucedido pelo interino Valentín Paniagua (2000-2001), e pelos líderes escolhidos democraticamente Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016).

Humala também repudiou o ataque terrorista contra uma patrulha militar no sábado na floresta central do Peru, que deixou três militares e um civil mortos, além de cinco feridos e seis desaparecidos.

Quase 23 milhões de peruanos elegerão hoje o presidente, dois vice-presidentes, 130 congressistas e 15 representantes ao parlamento para o período de 2016 a 2021.