Ditador chadiano Habré é condenado à prisão perpétua
Dacar, 30 mai (EFE).- O ex-ditador chadiano Hissène Habré foi condenado nesta segunda-feira à prisão perpétua após ser declarado culpado de crimes contra a humanidade por ordenar dezenas de milhares de assassinatos políticos e torturas durante seu mandato (1982-1990).
O veredicto, que pode ser recorrido durante os próximos 15 dias, foi ditado por um tribunal especial criado pela União Africana no Senegal para julgá-lo a pedido das próprias vítimas.
Os juízes o declararam culpado de "crimes contra a humanidade, de estupro, de sequestros e de torturas", mas o desculparam das acusações de crimes de guerra.
Segundo expõe a sentença, Habré, sendo chefe do Estado, chefe das Forças Armadas e da Guarda Presidencial do Chade, criou e controlou um sistema para realizar uma ampla campanha de repressão que deixou milhares de vítimas.
O tribunal destacou, além disso, a responsabilidade pessoal de Habré nos crimes cometidos pela Brigada da Segurança Interior (BSIR).
"Habré dava as ordens de detenção, torturas e execuções. A câmara está convencida de que sua contribuição na empresa criminosa era essencial", leu o presidente do tribunal, que reconheceu que a idade de Habré (73 anos) foi uma circunstância atenuante.
Os juízes, a quem Habré tachou de "agentes do imperialismo", lamentaram a atitude do ex-ditador durante o julgamento, especialmente com relação às vítimas que prestaram depoimento.
O veredicto foi amparado entre aplausos e gritos de alegria das vítimas presentes na sala.
O ex-ditador também recebeu aplausos de apoio de seus seguidores, aos quais respondeu levantando as mãos em sinal de vitória antes de sair custodiado por seus guardas.
Se não recorrer da sentença ou se a apelação não prosperar, Habré pode passar o resto de sua vida em uma unidade especial da prisão de Cap Manuel na capital senegalesa, a mesma cidade onde se refugiou em 1990 após sua derrocada por uma rebelião liderada por Idris Déby Itno, atual líder chadiano.
O veredicto, que pode ser recorrido durante os próximos 15 dias, foi ditado por um tribunal especial criado pela União Africana no Senegal para julgá-lo a pedido das próprias vítimas.
Os juízes o declararam culpado de "crimes contra a humanidade, de estupro, de sequestros e de torturas", mas o desculparam das acusações de crimes de guerra.
Segundo expõe a sentença, Habré, sendo chefe do Estado, chefe das Forças Armadas e da Guarda Presidencial do Chade, criou e controlou um sistema para realizar uma ampla campanha de repressão que deixou milhares de vítimas.
O tribunal destacou, além disso, a responsabilidade pessoal de Habré nos crimes cometidos pela Brigada da Segurança Interior (BSIR).
"Habré dava as ordens de detenção, torturas e execuções. A câmara está convencida de que sua contribuição na empresa criminosa era essencial", leu o presidente do tribunal, que reconheceu que a idade de Habré (73 anos) foi uma circunstância atenuante.
Os juízes, a quem Habré tachou de "agentes do imperialismo", lamentaram a atitude do ex-ditador durante o julgamento, especialmente com relação às vítimas que prestaram depoimento.
O veredicto foi amparado entre aplausos e gritos de alegria das vítimas presentes na sala.
O ex-ditador também recebeu aplausos de apoio de seus seguidores, aos quais respondeu levantando as mãos em sinal de vitória antes de sair custodiado por seus guardas.
Se não recorrer da sentença ou se a apelação não prosperar, Habré pode passar o resto de sua vida em uma unidade especial da prisão de Cap Manuel na capital senegalesa, a mesma cidade onde se refugiou em 1990 após sua derrocada por uma rebelião liderada por Idris Déby Itno, atual líder chadiano.
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