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Unicef denuncia que 2 milhões de moradores de Aleppo estão sem água corrente

24/09/2016 06h58

Cairo, 24 set (EFE).- Cerca de dois milhões de moradores da cidade de Aleppo, na Síria, estão sem água corrente da rede pública devido aos ataques aéreos e aos cortes "deliberados", denunciou neste sábado o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Os intensos bombardeios perpetrados na noite da última quinta-feira danificaram a estação de bombeamento de água de Bab al Nairab e as hostilidades impedem a chegada de pessoas que possam fazer o concerto do local, disse a representante do Unicef na Síria, Hanaa Singer, em comunicado.

Esta estação fornece água para cerca de 250 mil pessoas nos bairros do leste de Aleppo, que estão nas mãos da oposição e alvos dos ataques da aviação do regime sírio e da russa.

"Como represália, a estação de bombeamento Suleiman al Halabi, que também se encontra no leste, foi desligada, o que implica o corte de água para 1,5 milhão de pessoas na parte oeste da cidade", acrescentou Hanaa.

Os bairros ocidentais de Aleppo estão sob o controle das autoridades sírias.

No leste, a população terá que recorrer a "água de poço altamente poluída", segundo Hanaa Singer, afirmando que a situação no oeste é melhor já que os poços de águas subterrâneas profundos existentes fornecem "uma fonte alternativa e segura".

A Unicef ampliará o transporte de água de emergência em toda a cidade, diz o comunicado, embora também se adverte que será "uma solução temporária não sustentável a longo prazo".

Segundo a representante do Unicef, "privar as crianças de água potável os põem em risco de surtos catastróficos de doenças transmitidas pela água".

Hanaa Singer exigiu o fim dos ataques à infraestrutura de água, o acesso para avaliar e reparar os danos registrados na estação de Bab al Nairab.