Argentina registra taxa de pobreza de 32,2% no 2º trimestre de 2016
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Buenos Aires, 28 set (EFE).- A taxa de pobreza registrada na Argentina no segundo trimestre de 2016 foi de 32,2%, enquanto a de indigência foi de 6,3%, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), que não publica dados oficiais desde abril de 2014.
Autoridades do Indec, lideradas por seu titular, Jorge Todesca, explicaram em entrevista coletiva a nova metodologia usada para realizar a medição, após o processo de reestruturação do organismo ordenado pelo governo de Mauricio Macri desde que assumiu o cargo, em dezembro de 2015.
Em abril de 2014, o governo de Cristina Kirchner (2007-2015) suspendeu a divulgação dos índices de pobreza, em um momento no qual os dados estatísticos oficiais eram seriamente questionados por consultoras privadas e até por funcionários do próprio Indec.
Até essa ocasião, os últimos dados disponíveis, do primeiro semestre de 2013, situavam a pobreza na população urbana da Argentina em 4,7%, enquanto o índice de indigência foi de 1,5%.
Segundo informou hoje o Indec, após o intenso processo de renovação da forma como são medidas as estatísticas oficiais, no primeiro trimestre de 2016 e sobre uma medição de 31 conglomerados urbanos, que abrange 27 milhões de pessoas - a população total da Argentina é de cerca de 41,45 milhões -, o indicador de pobreza foi de 32,2%.
No total, segundo a Pesquisa Permanente de Lares (EPH), foram contabilizadas 8,7 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza.
Levando em conta os lares, 23,1% deles foram considerado pobres na Argentina de abril a junho deste ano.
A indigência, por sua parte, afetou 6,3% dos cidadãos - 1,7 milhão de pessoas - e 4,8% dos lares.
"Vamos apresentar os indicadores de pobreza e indigência estimados sobre o método da linha de renda. Isto não significa que o Instituto considere que é a única forma de olhar a pobreza", ressaltou Todesca, para explicar que o Indec pretende no futuro conseguir estudar estes aspectos socioeconômicos mediante outros fatores complementares.
A medição com o método da "linha de pobreza" consiste em estabelecer, a partir das rendas dos lares, se estes têm capacidade de satisfazer - por meio da compra de bens e serviços - um conjunto de necessidades alimentícias e não alimentícias consideradas essenciais.
Em todo este tempo de ausência de dados oficiais, um dos estudos privados mais respeitados foi o realizado pela Universidad Católica Argentina (UCA).
Em abril de 2016, o relatório desta instituição revelou que a taxa de pobreza urbana aumentou 3,6% nos primeiros quatro meses de 2016, até atingir 32,6% da população, enquanto a de indigência alcançou 3,7%, um ponto percentual a mais.
Uma das principais aspirações de Macri em seus primeiros dez meses de governo foi a de ter um Indec "crível e confiável".
Buenos Aires, 28 set (EFE).- A taxa de pobreza registrada na Argentina no segundo trimestre de 2016 foi de 32,2%, enquanto a de indigência foi de 6,3%, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), que não publica dados oficiais desde abril de 2014.
Autoridades do Indec, lideradas por seu titular, Jorge Todesca, explicaram em entrevista coletiva a nova metodologia usada para realizar a medição, após o processo de reestruturação do organismo ordenado pelo governo de Mauricio Macri desde que assumiu o cargo, em dezembro de 2015.
Em abril de 2014, o governo de Cristina Kirchner (2007-2015) suspendeu a divulgação dos índices de pobreza, em um momento no qual os dados estatísticos oficiais eram seriamente questionados por consultoras privadas e até por funcionários do próprio Indec.
Até essa ocasião, os últimos dados disponíveis, do primeiro semestre de 2013, situavam a pobreza na população urbana da Argentina em 4,7%, enquanto o índice de indigência foi de 1,5%.
Segundo informou hoje o Indec, após o intenso processo de renovação da forma como são medidas as estatísticas oficiais, no primeiro trimestre de 2016 e sobre uma medição de 31 conglomerados urbanos, que abrange 27 milhões de pessoas - a população total da Argentina é de cerca de 41,45 milhões -, o indicador de pobreza foi de 32,2%.
No total, segundo a Pesquisa Permanente de Lares (EPH), foram contabilizadas 8,7 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza.
Levando em conta os lares, 23,1% deles foram considerado pobres na Argentina de abril a junho deste ano.
A indigência, por sua parte, afetou 6,3% dos cidadãos - 1,7 milhão de pessoas - e 4,8% dos lares.
"Vamos apresentar os indicadores de pobreza e indigência estimados sobre o método da linha de renda. Isto não significa que o Instituto considere que é a única forma de olhar a pobreza", ressaltou Todesca, para explicar que o Indec pretende no futuro conseguir estudar estes aspectos socioeconômicos mediante outros fatores complementares.
A medição com o método da "linha de pobreza" consiste em estabelecer, a partir das rendas dos lares, se estes têm capacidade de satisfazer - por meio da compra de bens e serviços - um conjunto de necessidades alimentícias e não alimentícias consideradas essenciais.
Em todo este tempo de ausência de dados oficiais, um dos estudos privados mais respeitados foi o realizado pela Universidad Católica Argentina (UCA).
Em abril de 2016, o relatório desta instituição revelou que a taxa de pobreza urbana aumentou 3,6% nos primeiros quatro meses de 2016, até atingir 32,6% da população, enquanto a de indigência alcançou 3,7%, um ponto percentual a mais.
Uma das principais aspirações de Macri em seus primeiros dez meses de governo foi a de ter um Indec "crível e confiável".
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