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Noruega é o país com maior proporção de mulheres em conselhos administrativos

03/10/2016 10h10

Genebra, 3 out (EFE).- A Noruega tem a maior proporção mundial de mulheres nos conselhos administrativos de suas empresas, enquanto o Brasil aparece na segunda colocação na América Latina, de acordo com um estudo elaborado pelo segundo banco suíço, Credit Suisse, que avalia o papel das mulheres no mundo empresarial.

Baseado no estudo de mais de 3,4 mil companhias de todo o mundo, o relatório situa no primeiro posto a Noruega com 46,7% de representação feminina em seus conselhos de administração.

O país é seguido por França, com 34%; Suécia (33,6%); Itália (30,8%); Finlândia (29,2%); Dinamarca (28,5%); Bélgica (27,9%); Holanda (26,2%); Reino Unido (22,8%); e Alemanha (21,1%).

A Espanha se situa no posto 18 com 16,1% de mulheres nos conselhos de administração de suas empresas.

Com relação aos países latino-americanos, o primeiro a aparecer na lista é Chile, com 8,5%, seguido do Brasil, com 7,1%, e México com 5,7%.

O banco fez um estudo similar há dois anos e as conclusões que derivadas são bastante parecidas com as de há 24 meses: a diversidade avança, mas lentamente.

Baseado nos dados de 2015, a diversidade nas empresas se situava em 14,7%, um aumento de 16% com relação a 2013, e um crescimento de 54% em respeito a dados de 2010.

O aumento se deve especialmente à melhora dos dados na Europa, graças ao estabelecimento de cotas e objetivos nos últimos anos, indica o estudo.

De fato, a média de representação de mulheres nos conselhos de administração na Europa se situa em 24,4% no final de 2015, um aumento de 80% nos últimos seis anos.

"Levando em conta que as mulheres foram promovidas na Europa facilmente, temos confiança em que se pode fazer progressos no resto do mundo", reza o texto.

Nos Estados Unidos (16,6% proporção de mulheres) e no Canadá (20,5%), onde não há sistema de cotas, a diversidade cresceu mais de um terço, enquanto na Ásia aumentou 60%.

Dito isto, o estudo lembra que a representação de mulheres asiáticas nos conselhos de representação não alcança 10%.

Outro aspecto que o texto destaca é o fato de que estes incrementos percentuais se devem em muitos casos ao fato de que se ampliou o número de pessoas nos conselhos, ao invés de substituir postos por mulheres.

O estudo ressalta que em mais de 40% dos casos nos quais as mulheres foram recrutadas para os conselhos de administração no mundo todo entre 2013 e 2016, estas foram introduzidas para criar novos postos não para substituir um homem.

"Isto, obviamente, não faz nada para promover uma maior participação das mulheres em posições sêniors", critica o texto.

Por outro lado, o estudo advoga pela contratação feita desde a base para que haja pessoal feminino capacitado para subir na escala profissional a longo prazo.

Com relação aos diretores financeiros, apenas 14,1% de mulheres ocupam esses cargos globalmente.

Por regiões, na Ásia esse número chega a 22%, já nos Estados Unidos e Europa são 11,6% e na América Latina é de apenas 4,5%.

As mulheres representam só um de cada dez diretores do departamento no mundo, e apesar das melhoras, se a tendência não se acelerar consideravelmente, a igualdade não chegará até 2070.

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