Visando autonomia, Macri e Temer defendem "flexibilização" do Mercosul
Os presidentes de Brasil e Argentina, Michel Temer e Mauricio Macri, defenderam nesta segunda-feira (3) a necessidade de fortalecer o Mercosul e promover uma "flexibilização" de suas regras para "dar certa autonomia aos Estados em suas relações internacionais".
Temer e Macri tiveram uma reunião oficial em Buenos Aires e depois concederam uma entrevista coletiva na qual, entre diversos assuntos da agenda bilateral, ressaltaram a posição dos dois países em relação ao presente e ao futuro do bloco.
Depois de lembrar os "laços históricos" do Brasil com a Argentina e a "identidade de posições" entre seu governo e o de Macri, Temer ressaltou a necessidade de que ambos trabalhem em conjunto em prol do "fortalecimento do Mercosul".
"Este é o desafio, acreditar no que podemos fazer e construir se nos integrarmos. É vencer os medos. Sinto que desde 1991 (ano de fundação do bloco) até aqui tivemos muitos avanços, em outros momentos, retrocessos. Mas agora percebemos que o mundo tem uma enorme atração sobre o Mercosul", ressaltou por sua vez Macri.
O presidente da Argentina lembrou que já foram trocadas ofertas com a União Europeia "para começar um caminho que levará seus anos".
"São muitos países e regiões que nos pedem que realmente tenhamos tratados de livre-comércio e façamos mais trocas. Temos muito a percorrer", acrescentou.
De acordo com Macri, Argentina e Brasil, assim como Uruguai e Paraguai, têm um "enorme caminho" de construção de "união" e de "aprendizagem compartilhada" que tem que ter, como resultado final, "melhores construções" de progresso para as pessoas.
"Acreditamos que o caminho para nos integrarmos ao mundo é a partir do Mercosul, é uma grande possibilidade que se abre para nós. Esta proximidade geográfica, esta longa relação cultural, afetiva que tivemos tem que nos ajudar a nos preparamos melhor para essa integração com o mundo", argumentou o presidente argentino.
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