Trump ganha votos entre árabes em protesto por apoio de Biden a Israel

O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, vem ganhando votos entre árabes-americanos insatisfeitos com o apoio do presidente democrata Joe Biden a Israel nas guerras contra o Hamas, na Faixa de Gaza, e Hezbollah, no Líbano.

O que aconteceu

As evidências do desgaste do apoio democrata entre os árabes-americanos ocorrem em um município do estado de Michigan. A cidade de Dearborn, com a maior concentração de árabes-americanos nos Estados Unidos, "tem sido um epicentro de raiva pelo apoio do governo Biden" aos conflitos, diz o jornal The New York Times.

No sul de Dearborn, esses eleitores saem das urnas indicando voto em Trump. Mohamed Saad, um jovem de 25 anos de ascendência iemenita, disse que apoiou Biden em 2020, mas votou em Trump desta vez, em razão de sua posição na política externa. "Isso só mostra que estamos no mapa", disse, ao se referir às visitas de Trump à região durante a campanha. "Os democratas deram nossos votos como garantidos."

O mesmo aconteceu no lado norte, mas a escolha foi outra. Eles declaram voto em Jill Stein, a candidata presidencial alternativa do Partido Verde, cuja campanha chama a guerra em Gaza de "genocídio de palestinos". "Pra mim e pra a maioria da comunidade, ambas as escolhas [Tramp e Kamala] não são boas", afirou Kareem Naimi, um professor de 53 anos que votou em Stein.

Hanadi Farhat, uma professora de 50 anos, também trocou os democratas pela candidata do Partido Verde. "Kamala vai continuar matando pessoas no Oriente Médio", disse. "E se Trump vencer, ele vai fazer bagunça nos EUA. De qualquer jeito, não será uma vitória para nós."

Kay El-Moussaoui, uma advogada de 27 anos de origem libanesa, votou em Kamala. Ela disse que "infelizmente" votou na democrata por ser "um pouco melhor" em questões domésticas, como imigração.

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Imagem: Arte/UOL

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