Uruguai faz apelo para que ex-detento de Guantánamo encerre greve de fome
Montevidéu, 7 out (EFE).- O chanceler do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, pediu nesta sexta-feira a Jihad Ahmad Diyab, o ex-detento de Guantánamo que foi acolhido como refugiado, que "abandone a greve de fome que está realizando" há aproximadamente 60 dias para reencontrar-se com sua família em outro país.
"O Ministério das Relações Exteriores reafirma seu compromisso irrestrito com a defesa e a promoção dos direitos humanos e em particular com a afirmação da vida humana como bem supremo a tutelar e se permite fazer um apelo ao senhor Diyab para que abandone a greve de fome que está realizando e continue com a busca de um futuro melhor para ele e sua família", disse Nin Novoa à imprensa na sede da chancelaria uruguaia, em Montevidéu.
O ministro uruguaio decidiu realizar uma série de detalhamentos por causa das recentes declarações de Diyab, nas quais afirmou que "não confia no governo" uruguaio pelas "promessas que descumpriu", entre elas o reencontro com sua família.
Neste sentido, Novoa garantiu que Diyab "apresentou uma solicitação de reunificação familiar que foi aprovada pela Comissão de Refugiados do Uruguai (CORE)".
"A partir desse momento, o interessado se pôs em contato direto com a Cruz Vermelha a fim de realizar os trâmites necessários para a vinda de sua família ao Uruguai", explicou o chanceler.
Além disso, declarou que solicitaram a Diyab que confirmasse sua vontade em uma série de datas entre fevereiro de 2015 e março de 2016, "sem ter recebido resposta em nenhuma delas".
Por sua parte, o ativista Andrés Contreris, próximo ao sírio, relatou que "atualmente Diyab está muito frágil" e que aqueles que o rodeiam asseguram que se encontra em um estado "crítico e à beira de entrar em coma outra vez".
O sírio suspendeu nesta segunda-feira a ingestão de líquidos para aprofundar a greve de fome que mantém para reivindicar ser reunificado com sua família.
O refugiado deixou o Uruguai em junho e, no fim do mês seguinte, se apresentou no consulado uruguaio em Caracas, onde pediu apoio a suas reivindicações, mas na saída da sede diplomática foi detido por autoridades da Venezuela e deportado ao Uruguai semanas depois.
Em seu caminho à Venezuela, Diyab passou pelo Brasil, quando causou o alerta das autoridades, que temiam a realização de um atentado durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Junto com outros três sírios, um tunisiano e um palestino, Diyab foi recebido no Uruguai em dezembro de 2014 como parte do compromisso do então presidente do país, José Mujica, de colaborar com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no plano de fechamento da penitenciária de Guantánamo.
"O Ministério das Relações Exteriores reafirma seu compromisso irrestrito com a defesa e a promoção dos direitos humanos e em particular com a afirmação da vida humana como bem supremo a tutelar e se permite fazer um apelo ao senhor Diyab para que abandone a greve de fome que está realizando e continue com a busca de um futuro melhor para ele e sua família", disse Nin Novoa à imprensa na sede da chancelaria uruguaia, em Montevidéu.
O ministro uruguaio decidiu realizar uma série de detalhamentos por causa das recentes declarações de Diyab, nas quais afirmou que "não confia no governo" uruguaio pelas "promessas que descumpriu", entre elas o reencontro com sua família.
Neste sentido, Novoa garantiu que Diyab "apresentou uma solicitação de reunificação familiar que foi aprovada pela Comissão de Refugiados do Uruguai (CORE)".
"A partir desse momento, o interessado se pôs em contato direto com a Cruz Vermelha a fim de realizar os trâmites necessários para a vinda de sua família ao Uruguai", explicou o chanceler.
Além disso, declarou que solicitaram a Diyab que confirmasse sua vontade em uma série de datas entre fevereiro de 2015 e março de 2016, "sem ter recebido resposta em nenhuma delas".
Por sua parte, o ativista Andrés Contreris, próximo ao sírio, relatou que "atualmente Diyab está muito frágil" e que aqueles que o rodeiam asseguram que se encontra em um estado "crítico e à beira de entrar em coma outra vez".
O sírio suspendeu nesta segunda-feira a ingestão de líquidos para aprofundar a greve de fome que mantém para reivindicar ser reunificado com sua família.
O refugiado deixou o Uruguai em junho e, no fim do mês seguinte, se apresentou no consulado uruguaio em Caracas, onde pediu apoio a suas reivindicações, mas na saída da sede diplomática foi detido por autoridades da Venezuela e deportado ao Uruguai semanas depois.
Em seu caminho à Venezuela, Diyab passou pelo Brasil, quando causou o alerta das autoridades, que temiam a realização de um atentado durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Junto com outros três sírios, um tunisiano e um palestino, Diyab foi recebido no Uruguai em dezembro de 2014 como parte do compromisso do então presidente do país, José Mujica, de colaborar com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no plano de fechamento da penitenciária de Guantánamo.
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