Prefeito de Lima é convocado pelo Congresso para explicar contratos com OAS
Lima, 25 out (EFE).- O prefeito de Lima, Luis Castañeda Lossio, foi convocado para explicar à comissão de Transportes e Comunicações do Congresso do Peru, no dia 8 de novembro, os contratos com a construtora OAS após denúncias de supostas irregularidades.
A comissão aprovou nesta terça-feira por maioria a convocação de Castañeda para a próxima sessão ordinária, na qual o prefeito deverá informar sobre os processos de construção do viaduto da avenida 28 Julho e o projeto Via Parque Rímac, que foi modificado em 2015 e renomeado como Linha Amarela, incluindo túneis e vias com cobrança de pedágio.
Os pedidos de investigação sobre Castañeda se intensificaram no Congresso e por parte dos vereadores de oposição, após a divulgação de conversas por Whatsapp entre Giselle Zegarra, ex-gerente de Investimentos Privados da prefeitura, e Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS.
Nos diálogos divulgados pelo portal de jornalismo investigativo "IDL-Reporteros", Zegarra alertou em outubro de 2014 a Léo Pinheiro que o município "não poderia assinar o contrato do Rio Verde (projeto de parque que acabou trocado pelo do viaduto 28 de Julho)".
"Lucho (apelido de Luis Castañeda) me pede que não o assinem. Amanhã me reúno com (o diretor Superintendente Internacional da OAS, Leonardo) Fracassi", disse Zegarra.
"Vai ser um grande problema se assinarmos", acrescentou.
O vereador opositor Hernán Núñez declarou ontem a um jornal local que tanto a Controladoria da República como o Ministério Público afirmaram em maio que o viaduto "não tem justificativa técnica" de como os recursos públicos foram usados no projeto.
"Nos disseram que custou US$ 60 milhões, mas pode ser que não tenha sido assim, que tenha custado muito menos, e que o excedente tenha sido mal utilizado", afirmou Núñez.
Como antecedente das relações polêmicas entre a empresa e a administração municipal, o vereador citou a cláusula de US$ 74 milhões que foi incluída no contrato da Linha Amarela, uma via expressa com um sistema de pedágios em Lima, assinado com a OAS depois da modificação do contrato inicial negociado com a ex-prefeita da capital, Susana Villarán.
As obras da Linha Amarela foram compradas neste ano pela empresa francesa Vinci por 5,5 bilhões de sóis (U$ 1,6 bilhão) da Lamsac, companhia que tinha assumido a concessão após a assinatura do contrato com a OAS.
O cancelamento do projeto Rio Verde e sua substituição pelo viaduto foram investigados por uma comissão do Congresso presidida pelo parlamentar Juan Pari, que também lidou com acusações de corrupção na participação de outras empresas brasileiras em projetos no país.
A comissão aprovou nesta terça-feira por maioria a convocação de Castañeda para a próxima sessão ordinária, na qual o prefeito deverá informar sobre os processos de construção do viaduto da avenida 28 Julho e o projeto Via Parque Rímac, que foi modificado em 2015 e renomeado como Linha Amarela, incluindo túneis e vias com cobrança de pedágio.
Os pedidos de investigação sobre Castañeda se intensificaram no Congresso e por parte dos vereadores de oposição, após a divulgação de conversas por Whatsapp entre Giselle Zegarra, ex-gerente de Investimentos Privados da prefeitura, e Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS.
Nos diálogos divulgados pelo portal de jornalismo investigativo "IDL-Reporteros", Zegarra alertou em outubro de 2014 a Léo Pinheiro que o município "não poderia assinar o contrato do Rio Verde (projeto de parque que acabou trocado pelo do viaduto 28 de Julho)".
"Lucho (apelido de Luis Castañeda) me pede que não o assinem. Amanhã me reúno com (o diretor Superintendente Internacional da OAS, Leonardo) Fracassi", disse Zegarra.
"Vai ser um grande problema se assinarmos", acrescentou.
O vereador opositor Hernán Núñez declarou ontem a um jornal local que tanto a Controladoria da República como o Ministério Público afirmaram em maio que o viaduto "não tem justificativa técnica" de como os recursos públicos foram usados no projeto.
"Nos disseram que custou US$ 60 milhões, mas pode ser que não tenha sido assim, que tenha custado muito menos, e que o excedente tenha sido mal utilizado", afirmou Núñez.
Como antecedente das relações polêmicas entre a empresa e a administração municipal, o vereador citou a cláusula de US$ 74 milhões que foi incluída no contrato da Linha Amarela, uma via expressa com um sistema de pedágios em Lima, assinado com a OAS depois da modificação do contrato inicial negociado com a ex-prefeita da capital, Susana Villarán.
As obras da Linha Amarela foram compradas neste ano pela empresa francesa Vinci por 5,5 bilhões de sóis (U$ 1,6 bilhão) da Lamsac, companhia que tinha assumido a concessão após a assinatura do contrato com a OAS.
O cancelamento do projeto Rio Verde e sua substituição pelo viaduto foram investigados por uma comissão do Congresso presidida pelo parlamentar Juan Pari, que também lidou com acusações de corrupção na participação de outras empresas brasileiras em projetos no país.
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