Prefeito de Lima nega ter favorecido OAS em renegociação de contrato
Lima, 28 out (EFE).- O prefeito de Lima, Luis Casteñeda, negou nesta sexta-feira em audiência na Comissão de Transportes e Comunicações do Congresso do Peru ter favorecido a empreiteira brasileira OAS na renegociação de o contrato de uma obra municipal.
Castañeda foi chamado para esclarecer supostas irregularidades na modificação do projeto Via Parque Rímac, executado pela OAS através da empresa Lamsac, ao utilizar um fideicomisso de US$ 74,5 milhões, previsto para um projeto anexo chamado Rio Verde, na construção de um viaduto também de responsabilidade da empreiteira brasileira.
O prefeito afirmou que a quantia prevista no contrato era insuficiente para as obras do Rio Verde, que contemplava a recuperação das margens do rio Rímac com áreas verdes e parques. Por isso, decidiu-se destinar o dinheiro para a construção de um viaduto na Avenida 28 de Julho da capital do Peru.
Castañeda lembrou que o Ministério da Economia e Finanças revisou e aprovou a mudança do contrato com a OAS renomeado pelo prefeito como Linha Amarela, onde acertava a utilização do dinheiro do fideicomisso para o viaduto, segundo comunicado do Congresso.
O prefeito afirmou que a construção do viaduto, uma de suas principais promessas eleitorais durante o pleito municipal de 2014, não gerou custos adicionais.
A Controladoria da República e a Promotoria de Lima destacaram em maio que o viaduto não tem justificativa técnica de como foram usados esses recursos.
A congressista Marissa Glave, que fez parte da aliança de esquerda Frente Ampla, manifestou sua preocupação porque no mesmo dia o governo recebeu um relatório externo do perito, redigiu um contrato de US$ 58 milhões, assinou e enviou ao ministério.
As supostas irregularidades que motivaram a convocação de Castañeda na comissão foram denunciadas pelo IDL-Repórteres, que publicou mensagens de celular entre a advogada e a ex-gerente da Prefeitura, Gisele Zegarra, e o ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, preso por corrupção dentro da Operação Lava Jato.
Na troca de mensagens, os dois interlocutores coordenaram reuniões entre os atuais administradores da Prefeitura e da OAS para acertar a modificação do projeto Via Parque Rímac e a inclusão do viaduto, antes mesmo de Casteñeda assumir o poder.
Os diálogos entre Zegarra e Pinheiro são parte da investigação da Polícia Federal pela Operação Lava Jato.
As obras da Linha Amarela foram compradas neste ano pela empresa francesa Vinci por 5,5 bilhões de sóis (US$ 1,6 bilhão) da Lamsac, companhia que tinha assumido a concessão após a assinatura do contrato com a OAS.
O cancelamento do projeto Rio Verde e a substituição pelo viaduto foi investigado por uma comissão do Congresso do Peru presidida pelo parlamentar Juan Pari, que também lidou com acusações corrupção na participação de outras empresas brasileiras em projetos no país.
Castañeda foi chamado para esclarecer supostas irregularidades na modificação do projeto Via Parque Rímac, executado pela OAS através da empresa Lamsac, ao utilizar um fideicomisso de US$ 74,5 milhões, previsto para um projeto anexo chamado Rio Verde, na construção de um viaduto também de responsabilidade da empreiteira brasileira.
O prefeito afirmou que a quantia prevista no contrato era insuficiente para as obras do Rio Verde, que contemplava a recuperação das margens do rio Rímac com áreas verdes e parques. Por isso, decidiu-se destinar o dinheiro para a construção de um viaduto na Avenida 28 de Julho da capital do Peru.
Castañeda lembrou que o Ministério da Economia e Finanças revisou e aprovou a mudança do contrato com a OAS renomeado pelo prefeito como Linha Amarela, onde acertava a utilização do dinheiro do fideicomisso para o viaduto, segundo comunicado do Congresso.
O prefeito afirmou que a construção do viaduto, uma de suas principais promessas eleitorais durante o pleito municipal de 2014, não gerou custos adicionais.
A Controladoria da República e a Promotoria de Lima destacaram em maio que o viaduto não tem justificativa técnica de como foram usados esses recursos.
A congressista Marissa Glave, que fez parte da aliança de esquerda Frente Ampla, manifestou sua preocupação porque no mesmo dia o governo recebeu um relatório externo do perito, redigiu um contrato de US$ 58 milhões, assinou e enviou ao ministério.
As supostas irregularidades que motivaram a convocação de Castañeda na comissão foram denunciadas pelo IDL-Repórteres, que publicou mensagens de celular entre a advogada e a ex-gerente da Prefeitura, Gisele Zegarra, e o ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, preso por corrupção dentro da Operação Lava Jato.
Na troca de mensagens, os dois interlocutores coordenaram reuniões entre os atuais administradores da Prefeitura e da OAS para acertar a modificação do projeto Via Parque Rímac e a inclusão do viaduto, antes mesmo de Casteñeda assumir o poder.
Os diálogos entre Zegarra e Pinheiro são parte da investigação da Polícia Federal pela Operação Lava Jato.
As obras da Linha Amarela foram compradas neste ano pela empresa francesa Vinci por 5,5 bilhões de sóis (US$ 1,6 bilhão) da Lamsac, companhia que tinha assumido a concessão após a assinatura do contrato com a OAS.
O cancelamento do projeto Rio Verde e a substituição pelo viaduto foi investigado por uma comissão do Congresso do Peru presidida pelo parlamentar Juan Pari, que também lidou com acusações corrupção na participação de outras empresas brasileiras em projetos no país.
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