Tribunal francês rejeita libertar mulher que matou marido violento
Paris, 24 nov (EFE).- O Tribunal de Apelação de Paris rejeitou nesta quinta-feira o pedido de libertação condicional de Jacqueline Sauvage, uma mulher que em 2012 matou seu marido após 47 anos de maus tratos e que se tornou símbolo da luta contra a violência machista na França.
Sauvage, que em janeiro passado viu o presidente François Hollande usar suas prerrogativas para reduzir sua pena de dez anos de prisão, teve sistematicamente rechaçados seus pedidos de libertação, com o argumento de que ainda não reconheceu a gravidade e a voluntariedade de seu ato.
O presidente socialista, contrário aos indultos, lhe perdoou parcialmente dois anos e quatro meses de pena, o que lhe permitia solicitar a liberdade condicional, mas os tribunais não o autorizaram até agora.
A condenada assegurou em todos os processos que não tinha intenção de matar seu marido, mas que não lhe restou outro remédio reagir a violência física, verbal e sexual que sofreu durante décadas.
O tribunal que a condenou a dez anos de reclusão considerou que Sauvage não tinha buscado outras soluções, um argumento que agora volta a ser evidenciado por quem examina seu pedido de liberdade, considerando que não reconhece a voluntariedade de seu ato.
A advogada de Sauvage, Nathalie Tomasini, se disse "consternada" por esta nova rejeição, afirmando que evidencia que a lei francesa não está preparada para amparar vítimas da violência machista.
Sauvage, que em janeiro passado viu o presidente François Hollande usar suas prerrogativas para reduzir sua pena de dez anos de prisão, teve sistematicamente rechaçados seus pedidos de libertação, com o argumento de que ainda não reconheceu a gravidade e a voluntariedade de seu ato.
O presidente socialista, contrário aos indultos, lhe perdoou parcialmente dois anos e quatro meses de pena, o que lhe permitia solicitar a liberdade condicional, mas os tribunais não o autorizaram até agora.
A condenada assegurou em todos os processos que não tinha intenção de matar seu marido, mas que não lhe restou outro remédio reagir a violência física, verbal e sexual que sofreu durante décadas.
O tribunal que a condenou a dez anos de reclusão considerou que Sauvage não tinha buscado outras soluções, um argumento que agora volta a ser evidenciado por quem examina seu pedido de liberdade, considerando que não reconhece a voluntariedade de seu ato.
A advogada de Sauvage, Nathalie Tomasini, se disse "consternada" por esta nova rejeição, afirmando que evidencia que a lei francesa não está preparada para amparar vítimas da violência machista.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.