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Ex-presidente sul-coreana prestará depoimento no próximo dia 21

Park Geun-hye, destituída do cargo na última sexta-feira (10) por unanimidade na corte - Baek Sung-ryul/Yonhap via AP
Park Geun-hye, destituída do cargo na última sexta-feira (10) por unanimidade na corte Imagem: Baek Sung-ryul/Yonhap via AP

Em Seul

14/03/2017 23h33

A Promotoria da Coreia do Sul afirmou nesta quarta-feira (15) que a ex-presidente Park Geun-hye irá depor no próximo dia 21 como suspeita no caso de corrupção da "Rasputina", que culminou com seu impeachment na semana passada, segundo informações da agência "Yonhap".

Até o momento, Park estava amparada pela imunidade presidencial para evitar ser investigada, mas este quadro mudou depois que, na última sexta-feira (10), o Tribunal Constitucional ratificou sua cassação ao considerar que ela conspirou com sua amiga Choi Soon-sil, apelidada de "Rasputina", com o objetivo de extorquir dinheiro de grandes empresas.

O representante legal de Park, Som Bum-kyu, havia dito na véspera que a ex-presidente cooperará "de maneira ativa" com os promotores, confirmou em comunicado que recebeu a convocação para o dia 21.

Se Park Geun-hye não comparecer sem apresentar uma justificativa, poderá ser presa, mediante uma ordem judicial.

Ela será a quarta chefe de Estado sul-coreana a prestar depoimento em uma investigação criminosa, depois do general Chun Doo-hwan, Roh Tae-woo e Roh Moo-hyun, que acabou suicidando-se em 2009, pressionado pelos casos de corrupção que envolviam vários de seus familiares.

A trama de corrupção da "Rasputina" fez com que fosse antecipadas as eleições e a primeira cassação de um chefe de Estado desde que o país voltou ao regime democrático, em 1987, e que envolveu também grandes empresas como a Samsung, cujo presidente, Lee Jae-yong, está preso.