Fillon acusa Hollande de orquestrar operação para que desista das eleições
Paris, 23 mar (EFE).- O candidato conservador às eleições presidenciais da França, François Fillon, acusou diretamente o presidente, François Hollande, de estar por trás dos vazamentos de notícias que o levaram a ser acusado por desvio de recursos públicos.
Em entrevista à televisão pública francesa nesta quinta-feira, Fillon pediu que seja investigado um suposto "gabinete negro" a serviço de Hollande revelado por um livro escrito por dois jornalistas do semanário "Le Canard Enchaîné", o mesmo que informou sobre os supostos empregos falsos que Fillon deu à esposa, Penelope, e a dois de seus filhos.
"Vou acusar o presidente da República. Peço solenemente que haja uma investigação sobre as alegações desse livro porque é um escândalo de Estado. Se o que aparecer estiver certo, acho que na história recente da V República, um chefe de Estado nunca foi tão longe na ilegalidade", disse Fillon.
As acusações, as mais graves já feitas pelo candidato da direita desde o começo do escândalo em janeiro, motivaram a resposta imediata de Hollande, que, através de um comunicado do Palácio do Eliseu, "condenou as mentiras" do político e garantiu "se manter informado" sobre seu caso só "pela imprensa".
"As palavras de Fillon não têm nenhum fundamento e provocam uma perturbação considerável à campanha presidencial", afirmou a presidência.
Na entrevista, Fillon disse ter "entendido" o que pode ter sentido antes de morrer o antigo primeiro-ministro socialista Pierre Bérégovoy, que se suicidou em 1993 após ter sido acusado de corrupção, devido a revelações de "Le Canard Enchaîné".
No entanto, reconheceu ter errado ao aceitar três ternos de luxo avaliados em 13 mil euros de seu "velho amigo de mais de 20 anos", o advogado Robert Bougi.
"Eu me equivoquei ao aceitar os ternos que me presentearam. Cometi um erro de julgamento. E esses ternos foram devolvidos", assegurou.
Ao mesmo tempo, catalogou de "mentira vergonhosa" as informações veiculadas a respeito da suposta comissão de US$ 50 mil que teria recebido por organizar uma reunião entre o presidente russo, Vladimir Putin, e um multimilionário libanês em 2015 através de sua empresa de consultoria 2F Conseil.
Fillon aparece em terceiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de abril e maio, longe de poder chegar ao segundo turno. As pesquisas são lideradas pela ultradireitista Marine le Pen e pelo independente Emmanuel Macron.
Em entrevista à televisão pública francesa nesta quinta-feira, Fillon pediu que seja investigado um suposto "gabinete negro" a serviço de Hollande revelado por um livro escrito por dois jornalistas do semanário "Le Canard Enchaîné", o mesmo que informou sobre os supostos empregos falsos que Fillon deu à esposa, Penelope, e a dois de seus filhos.
"Vou acusar o presidente da República. Peço solenemente que haja uma investigação sobre as alegações desse livro porque é um escândalo de Estado. Se o que aparecer estiver certo, acho que na história recente da V República, um chefe de Estado nunca foi tão longe na ilegalidade", disse Fillon.
As acusações, as mais graves já feitas pelo candidato da direita desde o começo do escândalo em janeiro, motivaram a resposta imediata de Hollande, que, através de um comunicado do Palácio do Eliseu, "condenou as mentiras" do político e garantiu "se manter informado" sobre seu caso só "pela imprensa".
"As palavras de Fillon não têm nenhum fundamento e provocam uma perturbação considerável à campanha presidencial", afirmou a presidência.
Na entrevista, Fillon disse ter "entendido" o que pode ter sentido antes de morrer o antigo primeiro-ministro socialista Pierre Bérégovoy, que se suicidou em 1993 após ter sido acusado de corrupção, devido a revelações de "Le Canard Enchaîné".
No entanto, reconheceu ter errado ao aceitar três ternos de luxo avaliados em 13 mil euros de seu "velho amigo de mais de 20 anos", o advogado Robert Bougi.
"Eu me equivoquei ao aceitar os ternos que me presentearam. Cometi um erro de julgamento. E esses ternos foram devolvidos", assegurou.
Ao mesmo tempo, catalogou de "mentira vergonhosa" as informações veiculadas a respeito da suposta comissão de US$ 50 mil que teria recebido por organizar uma reunião entre o presidente russo, Vladimir Putin, e um multimilionário libanês em 2015 através de sua empresa de consultoria 2F Conseil.
Fillon aparece em terceiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de abril e maio, longe de poder chegar ao segundo turno. As pesquisas são lideradas pela ultradireitista Marine le Pen e pelo independente Emmanuel Macron.
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