Milhares de pessoas vão às ruas de Londres para dizer "não" ao "Brexit"
Viviana García.
Londres, 25 mar (EFE).- Milhares de britânicos foram às ruas de Londres neste sábado para dizer não ao "Brexit" e pedir a convocação de outro referendo antes que o governo comunique a saída do Reino Unido da União Europeia na próxima quarta-feira.
Em um dia ensolarado na capital britânica, cerca de 100 mil pessoas, de acordo com o grupo Unidos pela Europa, que organizou o protesto, fizeram uma passeata partindo de vários pontos da cidade para se concentrar em frente ao Palácio de Westminster, sede do parlamento, para dizer "não" à saída do bloco europeu.
O evento, que contou com a participação de muitas famílias e jovens, ocorreu em meio às fortes medidas de segurança em Londres por causa do atentado registrado na última quarta-feira, quando Khalid Masood matou quatro pessoas na ponte de Westminster e na porta do parlamento antes de ser abatido pela polícia.
Com cartazes e bandeiras da UE, os manifestantes fizeram uma passeata em ambiente festivo, que contou também com a presença de políticos pró-Europa, entre eles o líder liberal-democrata, Tim Farron, que exige um segundo referendo sobre o acordo final que o governo britânico firmar com a União Europeia.
Os manifestantes queriam expressar apoio ao projeto europeu no dia em que se celebrou o 60º aniversário do Tratado de Roma, embrião da atual União Europeia, e antes da ativação do "Brexit".
O Unidos pela Europa afirmou em comunicado que as pessoas que votaram a favor da permanência pelo bloco estão juntas no objetivo de manifestar em frente ao "coração da democracia", o parlamento. Ao chegarem ao Palácio de Westminster, os manifestantes fizeram um minuto de silêncio pelas quatro pessoas mortas no atentado.
Farron, que levava na lapela um escudo da UE, disse em discurso que o "Brexit" representa um "ultraje indescritível", mas que a saída do Reino Unido "não nos vencerá, silenciará ou dividirá".
"A escolha é: quem deve decidir o acordo definitivo? Os políticos ou o povo?", questionou Farron.
"Nosso trabalho é ganhar os corações e os pensamentos nos próximos meses, ganhar apoio para um referendo sobre o acordo final, mudar a direção do debate e do nosso país", destacou.
Além de Londres, o Movimento de Jovens Europeus de Edimburgo organizou hoje uma manifestação similar na capital da Escócia para mostrar o apoio à União Europeia e a oposição ao "Brexit".
Os protestos coincidiram com o anúncio do deputado Douglas Carswell, o único do Partido de Independência do Reino Unido (UKIP), de deixar a legenda antieuropeia após a vitória do "Brexit". Ele, no entanto, seguirá na Câmara dos Comuns como independente.
"Como muitos de vocês, mudei do Partido Conservador para o UKIP porque queria desesperadamente que saíssemos da União Europeia. Agora, temos certeza que isso vai ocorrer. Decidi que deixarei o UKIP", ressaltou o deputado em seu blog.
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, anunciará na quarta-feira a ativação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, que estabelece um período de negociações de dois anos sobre os termos da saída de um país do bloco.
Londres, 25 mar (EFE).- Milhares de britânicos foram às ruas de Londres neste sábado para dizer não ao "Brexit" e pedir a convocação de outro referendo antes que o governo comunique a saída do Reino Unido da União Europeia na próxima quarta-feira.
Em um dia ensolarado na capital britânica, cerca de 100 mil pessoas, de acordo com o grupo Unidos pela Europa, que organizou o protesto, fizeram uma passeata partindo de vários pontos da cidade para se concentrar em frente ao Palácio de Westminster, sede do parlamento, para dizer "não" à saída do bloco europeu.
O evento, que contou com a participação de muitas famílias e jovens, ocorreu em meio às fortes medidas de segurança em Londres por causa do atentado registrado na última quarta-feira, quando Khalid Masood matou quatro pessoas na ponte de Westminster e na porta do parlamento antes de ser abatido pela polícia.
Com cartazes e bandeiras da UE, os manifestantes fizeram uma passeata em ambiente festivo, que contou também com a presença de políticos pró-Europa, entre eles o líder liberal-democrata, Tim Farron, que exige um segundo referendo sobre o acordo final que o governo britânico firmar com a União Europeia.
Os manifestantes queriam expressar apoio ao projeto europeu no dia em que se celebrou o 60º aniversário do Tratado de Roma, embrião da atual União Europeia, e antes da ativação do "Brexit".
O Unidos pela Europa afirmou em comunicado que as pessoas que votaram a favor da permanência pelo bloco estão juntas no objetivo de manifestar em frente ao "coração da democracia", o parlamento. Ao chegarem ao Palácio de Westminster, os manifestantes fizeram um minuto de silêncio pelas quatro pessoas mortas no atentado.
Farron, que levava na lapela um escudo da UE, disse em discurso que o "Brexit" representa um "ultraje indescritível", mas que a saída do Reino Unido "não nos vencerá, silenciará ou dividirá".
"A escolha é: quem deve decidir o acordo definitivo? Os políticos ou o povo?", questionou Farron.
"Nosso trabalho é ganhar os corações e os pensamentos nos próximos meses, ganhar apoio para um referendo sobre o acordo final, mudar a direção do debate e do nosso país", destacou.
Além de Londres, o Movimento de Jovens Europeus de Edimburgo organizou hoje uma manifestação similar na capital da Escócia para mostrar o apoio à União Europeia e a oposição ao "Brexit".
Os protestos coincidiram com o anúncio do deputado Douglas Carswell, o único do Partido de Independência do Reino Unido (UKIP), de deixar a legenda antieuropeia após a vitória do "Brexit". Ele, no entanto, seguirá na Câmara dos Comuns como independente.
"Como muitos de vocês, mudei do Partido Conservador para o UKIP porque queria desesperadamente que saíssemos da União Europeia. Agora, temos certeza que isso vai ocorrer. Decidi que deixarei o UKIP", ressaltou o deputado em seu blog.
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, anunciará na quarta-feira a ativação do artigo 50 do Tratado de Lisboa, que estabelece um período de negociações de dois anos sobre os termos da saída de um país do bloco.
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