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Poder Eleitoral da Venezuela aprova eleição da Constituinte para julho

23/05/2017 22h19

Caracas, 23 mai (EFE).- A presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, Tibisay Lucena, anunciou nesta terça-feira que o decreto presidencial com a proposta para a eleição de uma Assembleia Nacional Constituinte "cumpre com as formalidades" e disse que esse processo pode ser realizado no final de julho.

"Trabalharemos em uma proposta de cronograma que finalize em uma eleição para a Assembleia Nacional Constituinte para o final de julho", disse Lucena apenas algumas horas depois de o presidente Nicolás Maduro lhe entregar seu decreto com a proposta de bases eleitorais para escolher os redatores de uma nova Carta Magna.

Lucena disse que "por unanimidade" os cinco reitores principais do Poder Eleitoral decidiram trabalhar em uma proposta de cronograma que finalize na eleição da Assembleia no final de julho e que para isso convocou a uma sessão do CNE para amanhã.

A reitora ressaltou que o decreto apresentado por Maduro ao Poder Eleitoral com as propostas de bases comiciais "cumpre com as formalidades estabelecidas na Constituição", e anunciou que por isso se dará início a este "mecanismo político" para escolher os 540 redatores de uma nova Carta Magna.

"A alternativa constituinte surge a partir de uma realidade política que requer com urgência construir a paz e fechar o caminho à violência, razão pela qual procederemos com especial cuidado para garantir os direitos cidadãos em um momento crucial do país", afirmou a reitora.

Lucena comentou que "toda a nação" espera superar "o mais rápido possível" este "terrível episódio violento", em referência à onda de protestos antigovernamentais que se desenvolvem no país.

A Venezuela vive uma onda de protestos que já completa 53 dias a favor e contra o chavismo, com cifras dispares sobre o número de mortos, já que o Ministério Público contabiliza 53 e o governo, pelo menos 60, além de centenas de feridos e detidos.