Argentina confirma que ainda não existe acordo com Odebrecht
Buenos Aires, 28 mai (EFE).- O governo argentino confirmou neste domingo que, após as reuniões desta semana com representantes da construtora brasileira Odebrecht para esclarecer o suposto pagamento de subornos a funcionários e empresários locais, ainda não se chegou a um acordo.
"Nós convocamos à empresa. Eles fizeram uma proposta. Essa proposta estava basicamente baseada na normativa brasileira e requer a participação do Ministério Público. Do Ministério Público não se tem hoje uma resposta", explicou o ministro de Justiça, Germán Garavano, em declarações à "Radio Mitre".
Apesar isso, ele destacou que a decisão do Poder Executivo de oferecer a Odebrecht apresentar a informação que tivesse através do Escritório Anticorrupção "conseguiu mudar algo" no ritmo da causa.
"Na semana passada, parecia que não acontecia nada aqui", mas após "a participação ativa do Poder Executivo" foram feitos esclarecimentos ordenados pela Justiça, afirmou.
"O que continuamos vendo é se a empresa, além desse avanço com o Ministério Público e com base na normativa argentina, pode fornecer esta informação e ver quem foram os que receberam estes milhões, basicamente funcionários do governo anterior", remarcou Garavano.
O ministro voltou a criticar a atuação da Promotoria argentina, liderada por Alejandra Gils Carbó (considerada próxima ao kirchnerismo) e expressou que o seu desempenho gera "preocupação".
"Isto é um caso que deve ser primariamente, como aconteceu na maioria dos países da região, encarado pela Promotoria. Lamentavelmente, a Promotoria, nas mãos de Gils Carbó, não avançou neste processo", considerou.
"A partir disso, houve uma decisão muito forte do presidente (Mauricio Macri) de que se avance para ter informação vinculada a quem recebeu estes US$ 35 milhões que a empresa diz ter dado de propina", continuou.
Segundo ele, o governo anterior (Cristina Kirchner, 2007-2015) deixou "uma situação institucionalmente muito crítica", o que afeta o avanço das causas de corrupção.
Na Argentina, a Odebrecht é investigada por supostas irregularidades e superfaturamentos na contratação de várias empresas por parte da estatal AySA, a maior companhia de serviços de distribuição de água e saneamento da Argentina, para a construção de uma usina de tratamento de água em 2008. No caso estão indiciados vários funcionários da empresa pública - como seu ex-titular, Carlos Ben - e representantes de empreiteiras, entre as quais está a Odebrecht.
O Executivo de Mauricio Macri afirmou na semana passada que a Promotoria argentina não está sendo efetiva nas investigações para esclarecer os supostos atos de corrupção envolvendo a empresa brasileira, que tem importantes contratos de obra no país e por isso, o ministro de Justiça se reuniu no último dia 23 em Buenos Aires com os advogados da Odebrecht para abrir uma via alternativa para solicitar informação.
"Nós convocamos à empresa. Eles fizeram uma proposta. Essa proposta estava basicamente baseada na normativa brasileira e requer a participação do Ministério Público. Do Ministério Público não se tem hoje uma resposta", explicou o ministro de Justiça, Germán Garavano, em declarações à "Radio Mitre".
Apesar isso, ele destacou que a decisão do Poder Executivo de oferecer a Odebrecht apresentar a informação que tivesse através do Escritório Anticorrupção "conseguiu mudar algo" no ritmo da causa.
"Na semana passada, parecia que não acontecia nada aqui", mas após "a participação ativa do Poder Executivo" foram feitos esclarecimentos ordenados pela Justiça, afirmou.
"O que continuamos vendo é se a empresa, além desse avanço com o Ministério Público e com base na normativa argentina, pode fornecer esta informação e ver quem foram os que receberam estes milhões, basicamente funcionários do governo anterior", remarcou Garavano.
O ministro voltou a criticar a atuação da Promotoria argentina, liderada por Alejandra Gils Carbó (considerada próxima ao kirchnerismo) e expressou que o seu desempenho gera "preocupação".
"Isto é um caso que deve ser primariamente, como aconteceu na maioria dos países da região, encarado pela Promotoria. Lamentavelmente, a Promotoria, nas mãos de Gils Carbó, não avançou neste processo", considerou.
"A partir disso, houve uma decisão muito forte do presidente (Mauricio Macri) de que se avance para ter informação vinculada a quem recebeu estes US$ 35 milhões que a empresa diz ter dado de propina", continuou.
Segundo ele, o governo anterior (Cristina Kirchner, 2007-2015) deixou "uma situação institucionalmente muito crítica", o que afeta o avanço das causas de corrupção.
Na Argentina, a Odebrecht é investigada por supostas irregularidades e superfaturamentos na contratação de várias empresas por parte da estatal AySA, a maior companhia de serviços de distribuição de água e saneamento da Argentina, para a construção de uma usina de tratamento de água em 2008. No caso estão indiciados vários funcionários da empresa pública - como seu ex-titular, Carlos Ben - e representantes de empreiteiras, entre as quais está a Odebrecht.
O Executivo de Mauricio Macri afirmou na semana passada que a Promotoria argentina não está sendo efetiva nas investigações para esclarecer os supostos atos de corrupção envolvendo a empresa brasileira, que tem importantes contratos de obra no país e por isso, o ministro de Justiça se reuniu no último dia 23 em Buenos Aires com os advogados da Odebrecht para abrir uma via alternativa para solicitar informação.
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