Justiça da Argentina arquiva denúncia de propina contra chefe de inteligência
Buenos Aires, 23 jun (EFE).- A Justiça da Argentina confirmou nesta sexta-feira o arquivamento de uma denúncia contra o diretor da Agência Federal de Inteligência (AFI), Gustavo Arribas, investigado por ter recebido propina de um lobista ligado à Odebrecht e condenado pela Operação Lava Jato no Brasil.
A Câmara Federal de Cassação confirmou a decisão do juiz federal Rodolfo Caniboca, que em março tinha considerado como "inadmissível" um recurso da Procuradoria de Investigações Administrativas para seguir com a acusação contra Arribas.
A principal instância penal do país considerou que o crime investigado ocorreu em 2013, quando o atual diretor da AFI não era funcionário público e, portanto, a Procuradoria não estava habilitada a interferir no caso.
"Essa espécie de ilicitude têm a exigência de apresentar como primeiro e principal responsável um funcionário público. Essa condição da função pública está ausente do recurso contra o acusado", indica a decisão.
A Justiça rejeitou assim os argumentos do promotor federal Federico Delgado, que em janeiro pediu a abertura de uma investigação contra Arribas por causa de uma denúncia publicada pelo jornal "La Nación", que afirmou que o diretor da AFI recebeu em 2013 um pagamento de US$ 600 mil.
Segundo o jornal, o lobista brasileiro Leonardo Meirelles, ex-sócio de Alberto Yousef e um dos primeiros delatores da Lava Jato, transferiu o valor em cinco operações para uma conta de Arribas em Zurique, na Suíça.
A denúncia relaciona essas transferências com uma licitação para obras de soterramento de uma ferrovia de Buenos Aires em 2008, durante o governo da ex-presidente Cristina Kirchner, que era realizada por um consórcio formado pela pela Odebrecht e outras três empresas, a argentina IEACS, a espanhola Comsa e a italiana Ghella.
A denúncia do "La Nación" afirma que as transferências foram realizadas menos de um mês depois de as construtoras terem começado a executar a obra. Por isso, Delgado considerou que os pagamentos poderiam ser considerados como propinas.
Na época da denúncia, Arribas negou qualquer relação com a Odebrecht. Além disso, o chefe da AFI acusou Meirelles de ter prestado "falso testemunho" e pediu que a Justiça da Argentina abrisse uma investigação contra o lobista brasileiro.
A Câmara Federal de Cassação confirmou a decisão do juiz federal Rodolfo Caniboca, que em março tinha considerado como "inadmissível" um recurso da Procuradoria de Investigações Administrativas para seguir com a acusação contra Arribas.
A principal instância penal do país considerou que o crime investigado ocorreu em 2013, quando o atual diretor da AFI não era funcionário público e, portanto, a Procuradoria não estava habilitada a interferir no caso.
"Essa espécie de ilicitude têm a exigência de apresentar como primeiro e principal responsável um funcionário público. Essa condição da função pública está ausente do recurso contra o acusado", indica a decisão.
A Justiça rejeitou assim os argumentos do promotor federal Federico Delgado, que em janeiro pediu a abertura de uma investigação contra Arribas por causa de uma denúncia publicada pelo jornal "La Nación", que afirmou que o diretor da AFI recebeu em 2013 um pagamento de US$ 600 mil.
Segundo o jornal, o lobista brasileiro Leonardo Meirelles, ex-sócio de Alberto Yousef e um dos primeiros delatores da Lava Jato, transferiu o valor em cinco operações para uma conta de Arribas em Zurique, na Suíça.
A denúncia relaciona essas transferências com uma licitação para obras de soterramento de uma ferrovia de Buenos Aires em 2008, durante o governo da ex-presidente Cristina Kirchner, que era realizada por um consórcio formado pela pela Odebrecht e outras três empresas, a argentina IEACS, a espanhola Comsa e a italiana Ghella.
A denúncia do "La Nación" afirma que as transferências foram realizadas menos de um mês depois de as construtoras terem começado a executar a obra. Por isso, Delgado considerou que os pagamentos poderiam ser considerados como propinas.
Na época da denúncia, Arribas negou qualquer relação com a Odebrecht. Além disso, o chefe da AFI acusou Meirelles de ter prestado "falso testemunho" e pediu que a Justiça da Argentina abrisse uma investigação contra o lobista brasileiro.
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