Trump diz que Obama sabia da tentativa russa de interferir nas eleições
Washington, 23 jun (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, questionou na sexta-feira por que seu antecessor, Barack Obama, não "fez nada" ao ser informado em agosto de 2016 de que a Rússia estava tentando interferir nas eleições americanas de novembro do ano passado.
Trump, que na quinta-feira disse que os ciberataques russos durante a campanha eleitoral de 2016 são uma "farsa impulsionada pelos democratas", voltou para dar credibilidade e questionar Obama, em uma contradição que demonstra sua complicada relação com a trama russa.
"Acaba de sair: o governo de Obama soube muito antes do dia 8 de novembro (data das eleições presidenciais de 2016) sobre a interferência nas eleições feitas pela Rússia. E não fez nada a respeito. Por que?", escreveu Trump, na sua conta no Twitter.
O presidente falou sobre o tema durante uma entrevista que será transmitida no próximo domingo pela "Fox News", e que a emissora adiantou um trecho.
"Escutei hoje pela primeira vez que Obama sabia sobre a Rússia muito antes das eleições, e não fez nada a respeito. Mas ninguém quer falar sobre isso", afirmou.
Trump sugeriu que ele "apenas" teve acesso à informação "que a CIA" deu a Obama sobre a Rússia antes das eleições, o que ele chamou de "incompreensível".
"A questão é, se tinha a informação, por que não fez algo a respeito? Deveria ter feito algo a respeito. Mas você não pode ler sobre isso (na mídia). É muito triste", disse.
O presidente se referia a um extenso artigo publicado nesta sexta pelo jornal "The Washington Post", onde diz que Obama recebeu, no início de agosto de 2016, um relatório extremadamente secreto da CIA, baseado em fontes do governo russo sobre a ingerência do Kremlin no processo eleitoral americano.
Esse relatório "detalhava o envolvimento direto do presidente russo, Vladimir Putin, em uma campanha cibernética para perturbar e desacreditar a corrida presidencial dos EUA", com o objetivo de "ajudar a eleger" Donald Trump, diz o jornal.
Obama, em seguida, começou a debater várias opções para parar a Rússia, e finalmente optou, em dezembro, por um pacote moderado de sanções que incluiu a expulsão de 35 diplomatas do país.
O ex-presidente americano também aprovou outra medida que até agora não tinha sido revelado: a implantação de armas cibernéticas na infraestrutura russa, "o equivalente digital de bombas que poderiam ser detonadas" se a tensão bilateral aumentasse, diz o jornal.
Esse projeto "estava ainda em uma etapa de planejamento quando Obama deixou o poder", no dia 20 de janeiro, e "dependeria de Trump decidir se usa ou não essa ferramenta", acrescenta o "Post".
Embora muitos ex-assessores de Obama defenderam a manipulação fez a Casa Branca da situação relativa à Rússia, há também aqueles que se arrependem dessa gestão.
"É a coisa que eu acho mais difícil defender em todo o meu período no governo. Eu sinto que ficamos presos" na hora de agir, disse ao "Post" um ex-funcionário que esteve envolvido no debate com Obama sobre a Rússia.
Trump, que na quinta-feira disse que os ciberataques russos durante a campanha eleitoral de 2016 são uma "farsa impulsionada pelos democratas", voltou para dar credibilidade e questionar Obama, em uma contradição que demonstra sua complicada relação com a trama russa.
"Acaba de sair: o governo de Obama soube muito antes do dia 8 de novembro (data das eleições presidenciais de 2016) sobre a interferência nas eleições feitas pela Rússia. E não fez nada a respeito. Por que?", escreveu Trump, na sua conta no Twitter.
O presidente falou sobre o tema durante uma entrevista que será transmitida no próximo domingo pela "Fox News", e que a emissora adiantou um trecho.
"Escutei hoje pela primeira vez que Obama sabia sobre a Rússia muito antes das eleições, e não fez nada a respeito. Mas ninguém quer falar sobre isso", afirmou.
Trump sugeriu que ele "apenas" teve acesso à informação "que a CIA" deu a Obama sobre a Rússia antes das eleições, o que ele chamou de "incompreensível".
"A questão é, se tinha a informação, por que não fez algo a respeito? Deveria ter feito algo a respeito. Mas você não pode ler sobre isso (na mídia). É muito triste", disse.
O presidente se referia a um extenso artigo publicado nesta sexta pelo jornal "The Washington Post", onde diz que Obama recebeu, no início de agosto de 2016, um relatório extremadamente secreto da CIA, baseado em fontes do governo russo sobre a ingerência do Kremlin no processo eleitoral americano.
Esse relatório "detalhava o envolvimento direto do presidente russo, Vladimir Putin, em uma campanha cibernética para perturbar e desacreditar a corrida presidencial dos EUA", com o objetivo de "ajudar a eleger" Donald Trump, diz o jornal.
Obama, em seguida, começou a debater várias opções para parar a Rússia, e finalmente optou, em dezembro, por um pacote moderado de sanções que incluiu a expulsão de 35 diplomatas do país.
O ex-presidente americano também aprovou outra medida que até agora não tinha sido revelado: a implantação de armas cibernéticas na infraestrutura russa, "o equivalente digital de bombas que poderiam ser detonadas" se a tensão bilateral aumentasse, diz o jornal.
Esse projeto "estava ainda em uma etapa de planejamento quando Obama deixou o poder", no dia 20 de janeiro, e "dependeria de Trump decidir se usa ou não essa ferramenta", acrescenta o "Post".
Embora muitos ex-assessores de Obama defenderam a manipulação fez a Casa Branca da situação relativa à Rússia, há também aqueles que se arrependem dessa gestão.
"É a coisa que eu acho mais difícil defender em todo o meu período no governo. Eu sinto que ficamos presos" na hora de agir, disse ao "Post" um ex-funcionário que esteve envolvido no debate com Obama sobre a Rússia.
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