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Imigrantes mexicanos legais são os que menos solicitam cidadania dos EUA

29/06/2017 16h58

Washington, 29 jun (EFE).- Os imigrantes mexicanos habilitados a solicitar a cidadania americana são os que menos fazem isso, algo que justificam por problemas com o idioma e questões administrativas, segundo indicou nesta quinta-feira um estudo do Pew Research Center.

De acordo com os últimos dados do Censo americano compilados por este centro de estudos, 67% dos imigrantes legais nos Estados Unidos aptos para obter a cidadania tinha iniciado o processo em 2015, o que representa a porcentagem mais alta desde 1990.

No entanto, apenas 42% dos mexicanos, que são o grupo nacional de imigrantes mais numeroso nos EUA, afirma ter começado os trâmites para obter a cidadania.

Como razões, os mexicanos apontam "um escasso domínio do inglês, falta de tempo ou iniciativa e os custos administrativos na hora de realizar a solicitação".

"Estes parecem ser obstáculos significativos, já que quase todos os imigrantes do México dizem que gostariam de converter-se em cidadãos americanos", destacou o relatório do Pew Center.

No total, 11,9 milhões dos 45 milhões de imigrantes nos EUA se encontram em situação de residência legal no país, com os chamados "green cards".

Deles, mais de nove milhões tinham cumprido os requisitos de tempo vivendo no país para solicitar a cidadania em 2015 e os mexicanos formavam 37% deste grupo.

Curiosamente, a taxa de nacionalização dos imigrantes mexicanos legais é muito menor que a dos procedentes do Oriente Médio (42% frente a 83%) e da África (74%).

Para se tornar cidadão americano, um imigrante legal deve ser maior de 18 anos, provar ter vivido no país de maneira continuada durante cinco anos, ser capaz de falar, escrever e entender inglês básico e responder a um exame sobre o governo e a história dos EUA.

Além disso, os custos administrativos para formalizar o processo de solicitação de cidadania pode chegar a pouco mais de US$ 700.