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Polícia boliviana apresenta plano para criar Direção Geral de Fronteiras

10/07/2017 14h28

La Paz, 10 jul (EFE).- A polícia da Bolívia apresentou nesta segunda-feira ao presidente do país, Evo Morales, um plano para criar a Direção Geral de Fronteiras, uma brigada interinstitucional que quer implementar nos limites com todos os países vizinhos e que envolve muitas instituições, entre elas as Forças Armadas.

"É um plano integral que contempla uma presença interinstitucional do Estado" nas fronteiras, apontou aos meios o ministro do Governo, Carlos Romero.

Na nova instituição, segundo o ministro, estariam envolvidas, entre outras, as Forças Armadas, a polícia, a Alfândega, o escritório de Migração, a Agência Nacional de Hidrocarbonetos (ANH) e a Administradora Boliviana de Estradas (ABC).

É "um plano integral que contempla todas as fronteiras do país, mas sua implementação seria escalonada por períodos", disse Romero.

A Bolívia faz fronteira com Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Peru.

O Comando da Polícia entregou sua proposta ao presidente Morales, que deu algumas recomendações e, segundo Romero, a versão definitiva do plano de criação estaria pronta "em questão de dias".

A Direção Geral de Fronteiras é uma proposta que está sendo trabalhada "há tempos", como apontou Romero, mas a entrega do plano ao presidente ocorre um dia após a liberdade dos dois carabineiros chilenos que foram detidos na sexta-feira, após terem ingressado em território boliviano em uma suposta perseguição.

Os carabineiros foram entregues no domingo na fronteira aos seus chefes sem maiores problemas por uma decisão de Morales.

O Governo de Morales destacou o tratamento dado a este caso, em contraste com o ocorrido com o caso dos nove funcionários bolivianos, sete alfandegários e dois militares, que após um incidente fronteiriço ficam detidos durante mais de cem dias, e foram julgados, condenados e expulsos do Chile, para onde foram proibidos de voltar.

As autoridades de La Paz alegam que a condenação foi injusta e que os seus funcionários lutavam contra o contrabando quando foram detidos na fronteira em 19 de março, enquanto as autoridades chilenas sustentam que cometeram delitos.