Promotoria confirma que Odebrecht assumiu despesas de campanhas na Colômbia
Bogotá, 12 jul (EFE).- A Promotoria da Colômbia confirmou nesta quarta-feira que a construtora brasileira Odebrecht assumiu despesas das campanhas presidenciais de 2014 do atual presidente do país, Juan Manuel Santos, e seu adversário, Óscar Iván Zuluaga.
"Todos os elementos probatórios de natureza testemunhal e documental que a Promotoria tem sob seu poder até a data permitem concluir que, com relação à campanha presidencial 2014-2018, a Odebrecht assumiu custos relacionados com a mesma", concluiu um relatório da Promotoria divulgado hoje.
Segundo o documento, enviado ao presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o juiz Alexander Vega Rocha, o dinheiro foi pago pelo Departamento de Operações Estruturadas da companhia brasileira.
A Promotoria disse que foram realizadas duas transferências de US$ 500 mil para a campanha de Santos, correspondentes a um contrato assinado em 2 de fevereiro de 2014 com a empresa panamenha Paddington, ligada à companhia colombiana Sancho BBDO, para fazer uma pesquisa de opinião com o objetivo de "obter uma aproximação com o governo do presidente".
Além disso, foram encaminhadas as declarações de Eleuberto Martorelli, ex-presidente da Odebrecht na Colômbia, e de outros envolvidos, entre eles o ex-congressista Otto Bula, preso em janeiro deste ano por participação no esquema de corrupção.
Os documentos foram enviados à juíza Ángela Hernández Sandoval, responsável pela investigação sobre a campanha de Santos na CNE.
Quanto à campanha de Zuluaga, a Promotoria confirmou que a Odebrecht repassou US$ 1,6 milhão, dinheiro que foi movimentado atráves da Topsail Holding, também com sede no Panamá.
Essa investigação está a cargo do juiz Carlos Camargo na CNE.
Com os relatórios da Promotoria e suas próprias investigações, será o CNE o encarregado de determinar se as campanhas de Santos e Zuluaga violaram a lei colombiana em 2014 ao receber dinheiro da Odebrecht. A legislação local proíbe que os candidatos recebam doações de empresas estrangeiras.
Sobre o caso, a Missão de Observação Eleitoral alertou hoje sobre o risco de impunidade sobre o financiamento ilegal da campanha ocorrida há três anos.
"No próximo dia 15 de julho caduca a ação sancionatória sobre qualquer dos possíveis fatos relacionados com o financiamento ilegal da Odebrecht na campanha presidencial de 2014", alegou o órgão.
"Se nenhuma punição ocorrer nos próximos três dias, se manteria o manto de impunidade em relação a esses fatos, o que evidencia, mais uma vez, a urgência de realizar uma reforma eleitoral", afirmou a Missão de Observação Eleitoral.
"Todos os elementos probatórios de natureza testemunhal e documental que a Promotoria tem sob seu poder até a data permitem concluir que, com relação à campanha presidencial 2014-2018, a Odebrecht assumiu custos relacionados com a mesma", concluiu um relatório da Promotoria divulgado hoje.
Segundo o documento, enviado ao presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o juiz Alexander Vega Rocha, o dinheiro foi pago pelo Departamento de Operações Estruturadas da companhia brasileira.
A Promotoria disse que foram realizadas duas transferências de US$ 500 mil para a campanha de Santos, correspondentes a um contrato assinado em 2 de fevereiro de 2014 com a empresa panamenha Paddington, ligada à companhia colombiana Sancho BBDO, para fazer uma pesquisa de opinião com o objetivo de "obter uma aproximação com o governo do presidente".
Além disso, foram encaminhadas as declarações de Eleuberto Martorelli, ex-presidente da Odebrecht na Colômbia, e de outros envolvidos, entre eles o ex-congressista Otto Bula, preso em janeiro deste ano por participação no esquema de corrupção.
Os documentos foram enviados à juíza Ángela Hernández Sandoval, responsável pela investigação sobre a campanha de Santos na CNE.
Quanto à campanha de Zuluaga, a Promotoria confirmou que a Odebrecht repassou US$ 1,6 milhão, dinheiro que foi movimentado atráves da Topsail Holding, também com sede no Panamá.
Essa investigação está a cargo do juiz Carlos Camargo na CNE.
Com os relatórios da Promotoria e suas próprias investigações, será o CNE o encarregado de determinar se as campanhas de Santos e Zuluaga violaram a lei colombiana em 2014 ao receber dinheiro da Odebrecht. A legislação local proíbe que os candidatos recebam doações de empresas estrangeiras.
Sobre o caso, a Missão de Observação Eleitoral alertou hoje sobre o risco de impunidade sobre o financiamento ilegal da campanha ocorrida há três anos.
"No próximo dia 15 de julho caduca a ação sancionatória sobre qualquer dos possíveis fatos relacionados com o financiamento ilegal da Odebrecht na campanha presidencial de 2014", alegou o órgão.
"Se nenhuma punição ocorrer nos próximos três dias, se manteria o manto de impunidade em relação a esses fatos, o que evidencia, mais uma vez, a urgência de realizar uma reforma eleitoral", afirmou a Missão de Observação Eleitoral.
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