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Constituinte debaterá hoje sanções dos EUA ao sistema financeiro venezuelano

29/08/2017 11h28

Caracas, 29 ago (EFE).- A Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela debaterá nesta segunda-feira, em sessão plenária, um acordo em rejeição às sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos ao país e avaliará a posição dos opositores que respaldaram estas medidas, e os que promoteram processá-los.

Os mais de 500 constituintes, todos oficialistas, "votarão acordos em rejeição às ações unilaterais, que buscam afetar a dinâmica econômica do povo venezuelano", informou a agência estatal venezuelana AVN que recolhe uma informação oferecida pela presidente do órgão, Delcy Rodríguez.

Na sexta-feira, o governante americano, Donald Trump, assinou uma ordem executiva na qual proíbe as "negociações em dívida novas e capital emitido pelo Governo da Venezuela e sua companhia petrolífera estatal", nas primeiras sanções ao sistema financeiro venezuelano.

A chefe da ANC antecipou também que neste debate será abordada "a postura de setores de oposição, que apoiam abertamente as ações para bloquear as transações internacionais do país".

Rodríguez culpa a oposição venezuelana destas sanções, pois ela pede aos EUA uma intervenção militar e um "bloqueio financeiro" ao país, e em virtude disso hoje anunciou que a nova Carta Magna que planejam redigir estabelecerá artigos "mais restritos" para os que cometam delitos contra a ordem constitucional.

A oposição venezuelana, reunida na Mesa da Unidade Democrática (MUD), tinha ficado em silêncio até domingo quando anunciou seu apoio às sançõe impostas de qualquer Governo do mundo a "vagabundos, violadores de direitos humanos e saqueadores dos recursos públicos" na Venezuela.

Através de um comunicado, disseram que, além disso, respaldarão e solicitarão "o apoio diplomático mundial que contribua para o restabelecimento constitucional e democrático na Venezuela ".

Os opositores poderiam ser justamente um dos castigados por respaldar estas sanções, já que o Governo de Nicolás Maduro solicitou "um julgamento histórico" contra os líderes da MUD que pediram ações contra o Estado venezuelano, o que é visto como um delito de "traição à pátria".