Hezbollah defende acordo com EI e desmente transferência perto de fronteira
Beirute, 30 ago (EFE).- O chefe do grupo xiita libanês Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, defendeu nesta quarta-feira o acordo com o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) que permitiu aos combatentes deixar o Líbano rumo à Síria e desmentiu que o comboio de ônibus se dirija à fronteira com o Iraque, como indicaram autoridades iraquianas.
"O acordo previa transferi-los de uma região síria para outra, ou seja de Al-Qalamoun (perto de fronteira com o Líbano) para Deir ez-Zor", detalhou Nasrallah em um comunicado divulgado pela emissora de televisão "Al Manar", porta-voz do grupo xiita.
O primeiro-ministro iraquiano, Haider al Abadi, qualificou ontem como "inaceitável" este acordo por permitir o transporte de combatentes armados perto da fronteira do seu país.
"Transferir grandes números de combatentes do grupo terrorista Daesh (acrônimo em árabe do EI) a zonas fronteiriças com o Iraque é algo inaceitável", afirmou Al Abadi em coletiva de imprensa em Bagdá.
Hoje Nasrallah assegurou que "apenas 310 terroristas, que se renderam e carecem da vontade de lutar, foram levados a Deir ez-Zor e sua presença não mudará o curso da batalha".
O chefe do grupo xiita libanês argumentou que o acordo com o EI foi selado por uma "questão humanitária", pois o grupo jihadista se negava, segundo o xeque, a revelar o lugar onde encontravam-se os militares libaneses sequestrados em 2014.
Pelo menos dez corpos, dos 11 militares libaneses sequestrados pelo EI, foram recuperados e levados ao Líbano para passarem por testes de DNA.
"O Hezbollah não duvida em lutar contra o Daesh em qualquer parte (...) e ninguém deve questionar suas intenções, seu valor e sua credibilidade", acrescentou Nasrallah, considerando "injusto acusar à Síria e sua liderança pelo acordo, já que o seu exército luta em várias frentes e todos os dias tem mártires".
Além disso, elogiou a participação dos militares iraquianos que, "desde os primeiros dias, tiveram presença no território sírio e deram ideias brilhantes quando muitos ainda olhavam o sexo dos anjos".
A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos realizou hoje um bombardeio no sul da província de Deir ez-Zor para bloquear a passagem do comboio de jihadistas evacuados da fronteira sírio-libanesa, informou à Agência Efe o porta-voz da aliança.
O coronel Ryan Dillon, porta-voz americano da coalizão contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque, especificou que a coalizão bombardeou "a estrada que se dirige ao leste" da Síria, "entre Hamaymah e Abu Kamal", na fronteira com o Iraque, com o objetivo de "evitar o transporte de combatentes do EI ao vale do rio Eufrates". EFE
ks/rsd
"O acordo previa transferi-los de uma região síria para outra, ou seja de Al-Qalamoun (perto de fronteira com o Líbano) para Deir ez-Zor", detalhou Nasrallah em um comunicado divulgado pela emissora de televisão "Al Manar", porta-voz do grupo xiita.
O primeiro-ministro iraquiano, Haider al Abadi, qualificou ontem como "inaceitável" este acordo por permitir o transporte de combatentes armados perto da fronteira do seu país.
"Transferir grandes números de combatentes do grupo terrorista Daesh (acrônimo em árabe do EI) a zonas fronteiriças com o Iraque é algo inaceitável", afirmou Al Abadi em coletiva de imprensa em Bagdá.
Hoje Nasrallah assegurou que "apenas 310 terroristas, que se renderam e carecem da vontade de lutar, foram levados a Deir ez-Zor e sua presença não mudará o curso da batalha".
O chefe do grupo xiita libanês argumentou que o acordo com o EI foi selado por uma "questão humanitária", pois o grupo jihadista se negava, segundo o xeque, a revelar o lugar onde encontravam-se os militares libaneses sequestrados em 2014.
Pelo menos dez corpos, dos 11 militares libaneses sequestrados pelo EI, foram recuperados e levados ao Líbano para passarem por testes de DNA.
"O Hezbollah não duvida em lutar contra o Daesh em qualquer parte (...) e ninguém deve questionar suas intenções, seu valor e sua credibilidade", acrescentou Nasrallah, considerando "injusto acusar à Síria e sua liderança pelo acordo, já que o seu exército luta em várias frentes e todos os dias tem mártires".
Além disso, elogiou a participação dos militares iraquianos que, "desde os primeiros dias, tiveram presença no território sírio e deram ideias brilhantes quando muitos ainda olhavam o sexo dos anjos".
A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos realizou hoje um bombardeio no sul da província de Deir ez-Zor para bloquear a passagem do comboio de jihadistas evacuados da fronteira sírio-libanesa, informou à Agência Efe o porta-voz da aliança.
O coronel Ryan Dillon, porta-voz americano da coalizão contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque, especificou que a coalizão bombardeou "a estrada que se dirige ao leste" da Síria, "entre Hamaymah e Abu Kamal", na fronteira com o Iraque, com o objetivo de "evitar o transporte de combatentes do EI ao vale do rio Eufrates". EFE
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